Com a chegada das férias escolares, os cuidados com a criançada precisam de atenção redobrada, desde alimentação, até atividades e hidratação, para garantir a diversão e entretenimento. E como forma de melhorar ainda mais esse período, tanto para os pais quanto para as crianças, a coordenadora de pediatria do Hospital Christóvão da Gama, Adriana Krakauer, fala sobre métodos saudáveis para prevenir acontecimentos indesejáveis.
Um levantamento da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, o Criança Segura, mostra que 3.700 crianças com idade de 1 à 14 anos morrem em decorrência de acidentes, muito deles domésticos, e outras 13.000 são hospitalizadas todos os anos no país. Para evitar acontecimentos desse gênero, a pediatra faz um alerta aos pais. ”Nas férias as famílias costumam sair do ritmo, portanto, o espaço físico onde as crianças irão ficar precisa ser repensado: o que a criança pode ter acesso quando não supervisionada? Escadas, móveis e fogão por exemplo, precisam ser reavaliados de acordo com cada faixa etária”, diz.
Outro fator que preocupa os pais são os acidentes por afogamento, que segundo a pediatra são muito frequentes nas férias. “No verão costumamos ir para locais com praia, piscina, por isso a criança precisa ser assistida o tempo todo”, explica. Ainda em relação aos cuidados no calor, Adriana fala sobre o uso do protetor solar nos pequenos. “É importante usar o protetor solar no corpo todo, passar a primeira camada com a criança nua em local de sombra é essencial. É indicado também o uso de roupa apropriada com proteção solar associada a acessórios como chapéu por exemplo”, conta. Repassar o produto de duas em duas horas nos locais expostos ao sol também é recomendação da médica, lembrando que quanto menor a criança, maior a sensibilidade da pele, portanto, protetores solares dermatológicos acima do fator 50 são imprescindíveis para evitar possíveis alergias e queimaduras. Evitar o sol entre as 11h da manhã e 15h da tarde também é uma forma de proteção maior.
Para a hidratação, que é importante em qualquer época do ano, Adriana explica que os adultos devem investir em incentivo. “Devemos lembrar as crianças de beber água e não trocar por outras bebidas, como refrigerante e sucos industrializados”, diz a pediatra. Assim como a ingestão de água, a alimentação é fator que deve ser pensado neste período. “Os pais devem tomar cuidado com alimentos muito manuseados, em hotéis por exemplo, como ovo, peixes e maionese, pois é comum as crianças pegarem virose e intoxicação alimentar”, diz Adriana.
Em casos de engasgamento, o socorro imediato é de extrema importância. “Cada faixa etária tem uma forma de ser socorrida, mas a manobra, onde pressionamos a boca do estomago para que a criança projete o corpo estranho para fora, pode ser treinada por todos nós”, alerta. Já em situações de afogamento, o adulto deve liberar as vias aéreas da criança e ligar para o socorro imediatamente.
Por fim, a médica evidencia o incentivo da prática esportiva e a atenção com o tempo que a criança passa com aparelhos eletrônicos. “Quando estimulada a atividade física, devemos lembrar da ingestão correta de alimentos com bom valor nutricional também”, finaliza.
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