O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), ao fazer um balanço do mandato, citou algumas ações de sua iniciativa que foram descontinuadas durante o período em que Alaíde Damo (MDB) assumiu o município, mas evitou citar o nome da vice-prefeita, já que os dois se tornaram desafetos políticos depois do início do mandato. Porém, sobre o futuro vice, cita no nome da emedebista e pede desculpas aos moradores pela escolha de Alaíde.
A vice-prefeita assumiu Mauá em três oportunidades, que totalizaram cerca de 11 meses. As duas primeiras foram por prisões de Jacomussi e a última pelo impeachment do socialista, que depois reverteu o caso judicialmente. “O sentimento da justiça tomou conta da cidade, Mauá nunca desistiu do Atila e eu não desisti dela. Sair de herói a vilão em pouco tempo, me fortaleceu, me fez um ser humano melhor, marido e filho melhor. Passamos pelo impeachment , que também foi considerado ilegal, voltei e estou trabalhando”, disse o prefeito ao comentar sobre o que considera prejuízo político para Mauá durante as oscilações no comando do município. “A cidade sofreu um golpe junto com o Atila e o povo sofreu com tudo isso. Estou trabalhando e feliz”, emendou durante entrevista ao canal RDtv.
Perguntado sobre como está a escolha do vice na chapa que visa a continuidade na Prefeitura, Atila foi provocativo. “Vice é uma coisa que me assusta e assusta Mauá. Me arrependo do que fiz e agora vou ter muito cuidado em escolher o meu próximo vice, vou pensar mil vezes. Quero pedir desculpas para o povo de Mauá é pela escolha da atual vice. Não se constrói uma cidade com ódio, rancor e revolta, isso acaba causando destruição e a baixa autoestima da população, mas isso é uma página superada”, acredita.
De acordo com Atila, o vice tem de ter sensibilidade e amor pela cidade. “Que seja à imagem e semelhança do Atila, aquele que a população escolheu para ser prefeito”, profetizou. O prefeito relata, no entanto que o nome ainda não foi escolhido.
Especulações no meio político dão conta de que Vanderley Cavalcante da Silva, o Neycar (SD), seria o favorito do grupo de Jacomussi. “Eu o respeito muito e ele está nos ajudando ao colaborar com o nosso governo. E porque não (o Neycar)? Mas vamos analisar o momento político do ano que vem e ver o que for melhor para a cidade”, disse o socialista.
Apesar da indefinição o nome do presidente da Câmara terá lugar de prestígio em uma eventual reeleição. “Certeza o Neycar vai estar dentro do projeto político para o ano que vem”, completou o chefe do Executivo. Procurada, Alaíde Damo não se pronunciou sobre a fala do prefeito.