O segmento que envolve cemitérios, planos funerários e toda a cadeia de fornecedores e serviços é um dos que mais cresce no País. Prova é que em abril de 2020 acontece a sétima edição da Feira Funerária, que vai reunir em Natal (RN), evento que pretende reunir 207 expositores e tem expectativa de público acima de 12 mil pessoas. No ABC, a situação não é diferente. Alheio à crise econômica, o setor está em boa fase, como o Phoenix Memorial, cemitério vertical, em Santo André, que lança nesta sexta-feira (29) plano funerário e anuncia o investimento em nova torre com mais 6 mil lóculos (locais de sepultamento).
Atualmente, o cemitério vertical, fundado em 1993, conta com aproximadamente 5 mil lóculos, distribuídos nos cinco andares do local, e três salas de velório. Com as obras de ampliação e modernização, que começarão em 2020, o local ganhará mais um andar e serão construídos mais três anexos. Cada um terá seis andares, com 6 mil lóculos e três salas de velórios, totalizando 24 mil sepulturas e 12 salas de velórios. O empreendimento contará ainda com salas de estar/convivência, espaço para atendimento/acolhimento e jardins contemplativos. Além disso, o número de colaboradores passará de 50 para cerca de 200 funcionários. “Será um prédio novo com toda a infraestrutura, salas de estar e de apoio, como já temos no primeiro prédio”, afirma Durval Tobias Filho, gestor comercial do grupo Phoenix, que planeja, ainda, a construção de uma capela.
O plano funerário Phoenix vai oferecer quatro modalidades de planos, segundo Tobias Filho, a preços acessíveis. “Um plano que atende o nosso cliente, para quem não tem lóculo conosco, mas vai ter facilidades para adquirir um na hora que houver um óbito na família; um plano para quem tem jazigos em outros lugares e tem ainda um quarto plano individual onde a pessoa pode antecipar essas providências diz. Os preços partem de R$ 69 por mês.
A conscientização de que um plano funerário é importante para evitar mais dor à família que perde um ente querido é o ponto em que os planos funerários se amparam. Correr com as providências somente quando a morte acontece pode ser doloroso, trabalhoso e caro. Aí entra o plano que cuida de todos os detalhes. “Costumo dizer que com uma ligação já resolvemos tudo”, comenta. “A primeira coisa tem que entrar em contato com uma funerária para preparar e ali se destina para que cemitério vai. A pessoa já está com a cabeça quente e esse trâmite é muito triste, ela tem de tirar forças sabe Deus de onde”, completa Alex Andrade, diretor operacional do grupo Phoenix.
O cemitério vertical também é algo novo, que poucas pessoas conhecem. Além de ocupar área menor, é mais limpo, menos poluidor e oferece mais conforto para os familiares. Com espaço para flores junto ao lóculo, o Phoenix oferece espaço para acender velas e abrigo para os visitantes, além de uma estrutura que permite que a família espere a chegada de parentes distantes para fazer o sepultamento. “Tivemos casos de gente que vinha de fora do País, esperamos dois dias, isso num cemitério tradicional seria impossível de acontecer”, afirma Andrade.
Alex Andrade ainda destaca a questão ambiental, pois o cemitério vertical não causa impacto ao meio ambiente, em decorrência da decomposição dos corpos. “Há um sistema de combustão que passa por todos os drenos dos lóculos e direciona a uma caixa receptora de gás, que transforma estes gases em líquido e, posteriormente, se transforma em gás não poluente”, detalha.