A greve dos petroleiros iniciada na segunda-feira (25/11) e encerrada na noite desta quarta-feira (27/11) atingiu aproximadamente 80% da categoria na região do ABC, que corresponde a aproximadamente 5 mil trabalhadores, sendo cerca de 2000 funcionários diretos da Petrobras e o restante de trabalhadores terceirizados. A mobilização nacional foi contra a demissão em massa que acontecem em várias partes do país.
Segundo Auzélio Alves, da regional de Mauá do Sindpetro, o movimento foi pacífico e a avaliação do movimento, realizada nesta terça-feira, foi de que o movimento exerceu pressão sobre o governo federal. “A Petrobras está com o PDV (Programa de Demissões Voluntárias) aberto e tem trabalhadores vindos de outras plantas do país para cá, o problema é que não há um plano de reposição de trabalhadores, o último aconteceu no governo Dilma (ex-presidente Dilma Rousseff)”, explicou.
O Tribunal Superior do Trabalho, determinou multas para os sindicatos que mantivessem a paralisação. A iniciativa fez pressão para que a categoria começasse a se desmobilizar, mas Alves adianta que é uma suspensão do movimento, que pode voltar a qualquer momento. “A ideia é mostrar como é a Petrobras por dentro, por isso colocamos na pauta a redução dos preços dos combustíveis. Também tivemos a preocupação social de não atingir a sociedade. As refinarias não pararam a produção, e os estoques também foram suficientes para garantir o abastecimento”, disse o dirigente.