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A Sabesp deu início na segunda-feira (25/11) a duas obras que visam afastar os esgotos dos cursos d´água em Santo André, a primeira delas no Córrego Itrapoã, no bairro Cidade São Jorge, e outro no Córrego Comprido. Juntas as duas vão elevar o percentual tratamento de dejetos da cidade de 44% para 51%. A meta é atingir 75% em três anos e 100% após o sexto ano de atuação da estatal na cidade.
A obra do Itrapoã foi planejada pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), mas a autarquia não tinha recursos para fazê-la. Em outubro a companhia estatal assumiu a cidade com a meta de resolver os gargalos do fornecimento de água e também o pequeno percentual de tratamento de esgoto. “O Semasa nunca deixou de fazer os projetos e o planejamento, a questão principal era a capacidade de investimento e o endividamento da operação, que impediam investimento. Projetos estavam lá, sabia-se da necessidade, mas o endividamento impedia o investimento”, destacou o prefeito Paulo Serra (PSDB) durante o início da primeira obra da Sabesp na área de esgotos, no bairro Cidade São Jorge.
Os trabalhos que ocorrem na sub-bacia de esgotamento do córrego Itrapoã, compreendem 130 metros de rede ao sistema de interceptação. A outra frente de trabalho fica na sub-bacia do córrego Comprido, na avenida dos Estados, com a implantação de 500 metros de rede da praça Cecília Meireles até a praça Samuel Castro Neves. Com essas obras todo o esgoto antes lançados nos córregos segue para a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) do ABC, que fica na divisa de São Caetano com São Paulo. Só nestas duas obras, quando estiverem prontas, os dejetos de 12 mil residências deixarão se seguir para os córregos.
“Em 60 dias vamos conseguir afastar os esgotos. Vamos chegar a 60% de tratamento em 2020 e 74% em 2022. É uma série de interligações de obras’, disse o superintendente de negócios da Sabesp, Roberval Tavares, que informou também que ambas obras de esgoto vão custar R$ 450 mil.
Mauá
Em Mauá a Sabesp continua em tratativas e espera que o projeto executivo seja rapidamente aprovado pela Câmara para que possa dar início a obras no sistema de abastecimento já que o serviço de esgoto já é realizado pela BRK Ambiental. Na quarta-feira (27/11) às 17h30 acontece audiência pública na Câmara para tratar do assunto. “Já conversamos com os vereadores há duas semanas e na quarta vamos apresentar nosso projeto. O prefeito (Atila Jacomussi – PSB), deve mandar o projeto para a Câmara nos próximos dias, já contribuímos com parte do texto e estamos otimistas”, disse Tavares.
A dívida da autarquia de Mauá com a Sabesp é de aproximadamente R$ 3,2 bilhões, segundo cálculos da empresa estatal, que se arrastam há 25 anos desde a criação da autarquia. Roberval avalia que, se a parceria não for concretizada, Mauá ficará sem água já neste verão de 2019. “Mauá não terá água neste verão, os vereadores sabem disso e vamos levar a proposta”, disse o superintendente sobre as reuniões com o Legislativo, ao destacar que a Sabesp já tem condições de entrar com obras urgentes e afastar o desabastecimento. “A população de Mauá quer a Sabesp, temos pesquisas que comprovam isso”, comenta.