Fundado em 1980 e localizado no Rudge Ramos, em São Bernardo, o colégio Stagio investe em laboratórios e aulas interativas para estimular o desenvolvimento do tripé tecnologia, robótica e empreendedorismo nos estudantes.
Um dos destaques é o laboratório de robótica, onde alunos a partir do fundamental I têm aulas da disciplina, na qual devem elaborar novos projetos com uso de componentes eletrônicos, que aumentam em complexidade de acordo com a série. Entre os dispositivos já inventados pelos estudantes estão robôs, carrinhos movidos à energia solar e um fliperama baseado no jogo Space Invaders, no qual o jogador deve trabalhar na destinação correta de materiais recicláveis de acordo com o posicionamento das latas de lixo no pátio da escola.
O professor Eduardo Dreer, educador em mídias digitais, afirma que, além das habilidades tecnológicas, os alunos aprendem a trabalhar em grupos, algo bastante exigido e importante no mercado de trabalho. “O trabalho em equipe é indispensável e mediar ideias também é muito importante”, diz.
Com essa nova visão do mundo, o modelo de aula e de ensino também passa por mudanças. As aulas deixam de ser apenas expositivas e passam a contar com participação ativa do aluno. Em 2019, o colégio investiu em novas plataformas digitais para facilitar essa interação.
Além do uso em sala de aula, as novas plataformas facilitam o contato com os pais, que têm acesso a comunicados e à programação da escola por aplicativos e recursos on-line.
No ensino médio a escola abandonou o uso de apostilas didáticas. Todo material utilizado é disponibilizado para iPads, aparelhos pelos quais os alunos também fazem exercícios e enviam redações para correção externa. De acordo com Carla Cristina Arruda, professora de língua portuguesa e coordenadora do ensino médio, esse sistema é positivo pois permite que o professor escolha a didática a ser seguida de acordo com os conteúdos mais importantes – aqueles cobrados nos maiores vestibulares do país – e também com o que é significativo para vida do aluno.
Após dar a aula e indicar exercícios, o professor tem acesso imediato a dados que traduzem o desenvolvimento dos alunos, o que permite adequação em caso de dificuldades. Já os estudantes têm acesso a conteúdos extras ministrados de diversas maneiras, por textos, vídeos e jogos, o que permite que a escolha na hora de estudar seja feita de acordo com a forma preferida. “Hoje a educação é mais inclusiva porque a tecnologia nos propiciou isso”, reflete Carla.
Atualmente, o colégio Stagio tem cerca de 600 alunos entre as turmas de educação infantil e o terceiro ano do ensino médio. A escola conta ainda com espaço de brincadeiras para crianças, interação com natureza, espaço soneca, brinquedoteca e uso de Chromebooks, computadores voltados ao ambiente escolar, para facilitar o aprendizado e confecção de trabalhos escolares.