Cerca de 250 educadores foram até a Câmara de Mauá, nesta terça-feira (19), para exigir dos vereadores a votação do projeto de lei do Estatuto do Magistério, que está há quatro anos em debate no Legislativo. Por causa dos prazos para que as comissões permanentes possam fazer a análise do processo e das emendas dos parlamentares.
Antes da sessão houve problemas na entrada dos manifestantes no plenário. Com o limite de 180 lugares, muitos ficaram de fora e só foram contidos pela GCM (Guarda Civil Municipal) que avisou sobre o limite. Enquanto isso, as galerias estavam lotadas e todos gritando, pedindo pressa na votação, muitos querendo que fosse realizada ainda nesta terça.
O vereador Manoel Lopes (DEM) explicou aos presentes que a votação não poderia ocorrer, pois o prazo para o fim da apresentação de emendas termina nesta quarta-feira (20). E na sequência todo o processo ainda tem que passar pelas comissões de Justiça, Finanças e Educação, cada uma tem até 10 dias para dar o parecer, segundo o regimento interno.
Depois foi pedida a chamada de uma sessão extraordinária para a votação, mas não seria possível, pois foi convocado os trabalhos extras em plenário para a próxima quinta-feira (21), quando será analisado em segundo turno o orçamento para o próximo ano. Internamente já se trabalha com uma votação em dezembro.
Reunião
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Durante a sessão foi feita uma nova reunião entre os educadores, os vereadores e os representantes do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Mauá. A principal divergência estava com professores que não se sentiam contemplados com o estatuto em debate entre os vereadores.
“Estou há 24 anos na rede pública de Mauá e não dá para acreditar que várias categorias serão contempladas e nós professores não. Estão dando supersalários para os supervisores e nós não vamos ganhar nossa merecida valorização”, disse uma professora que não quis que seu nome fosse revelado com medo de represálias.
O presidente do Sindserv Mauá, Josemar Alves Lobo, explicou que a situação dos supervisores e seus supersalários foi causada por uma lei anterior de reclassificação que causou o problema. Sobre os professores, o reajuste de 5% será concedido em 2021 junto com outros profissionais. Em 2020, os Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADIs) terão reajuste de 10% por desejo da Secretaria Municipal de Educação.