O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) visitou São Bernardo nesta terça-feira (19), para divulgar seu apoio a pré-candidatura do médico Leandro Altrão (PSB) como pré-candidato a prefeito. O socialista tenta emplacar uma imagem de terceira via em relação a polarização que ocorre na cidade com as pré-candidatura do atual chefe do Executivo, Orlando Morando (PSDB), e do ex-prefeito Luiz Marinho (PT).
“É um desafio muito grande. Todo mundo sabe da polarização e do peso que são as forças colocadas na cidade, mas o momento é da renovação, que surja algo novo na política e que tenha energia, que tenha vigor e coragem para enfrentar os desafios da cidade”, disse Altrão que em 2016 disputou a eleição para vereador pelo PT e acabou como suplente.
Para ajudar o seu novo pupilo, França tenta repetir parte da estratégia que culminou na chamada “onda azul” formada por prefeitos eleitos pelo PSDB e que surfaram na candidatura do então prefeito da Capital e agora governador, João Doria (PSDB).
“Todos sabem que teremos candidatura na Capital pela primeira vez e isso é um marco importante, e em todas as pesquisas que são feitas, e fizemos duas, uma com 1.800 entrevistados e outra com 1.200, e ambas repetem o resultado de que estamos liderando ou que estamos brigando pela primeira posição e isso é muito bom, pois pode reverberar para as demais cidades”, explicou o ex-governador.
Apesar da pré-candidatura de Leandro Altrão, Márcio França não nega a possibilidade de se aliar a outras figuras importantes da cidade como o deputado federal Alex Manente (Cidadania). O parlamentar disputou as últimas três eleições para prefeito e foi derrotado em todas, mas segue cotado como um dos nomes fortes na disputa, porém, nos bastidores a informação é de que Manente não disputará o comando do Paço em 2020.
A questão de uma terceira via no município virou motivo de diversos debates entre os políticos, principalmente sobre a diferença que poderia fazer pró e contra a polarização entre Morando e Marinho, algo já chamado internamente de plebiscito.
Outro ponto ainda em discussão é a possibilidade de candidatos oriundos do grupo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com as interrogações em torno da formalização da legenda Aliança Pelo Brasil (APB) à tempo de disputar as eleições municipais, muitos consideram que o eleitor mais conservador não tenha escolhido um lado na disputa do próximo ano.