O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), visitou a sede do CPA/M-6, em Santo André, nesta segunda-feira (18), para pedir esclarecimentos do coronel Nery sobre o caso do garoto Lucas Eduardo Martins dos Santos, desaparecido desde a semana passada após testemunhas relatarem uma abordagem policial feita na Favela do Amor, no bairro Jardim Teles de Menezes.
Acompanhado de parentes do adolescente de 14 anos, o petista pediu esclarecimentos sobre os policiais envolvidos na ocorrência e também sobre os motivos que levaram os agentes de segurança para o local. “Os parentes apresentaram grande preocupação quando escutaram a frase “moro aqui” que veio do próprio Lucas. Temos que esclarecer todos os fatos, todos os motivos, pois temos que dar uma resposta para a família, para a sociedade como um todo”, disse o parlamentar em entrevista ao RDtv.
Nery acabou não divulgando os detalhes para Luiz Fernando, pois a investigação ainda é feita pela Corregedoria da Polícia Militar, porém, relatou que os dois policiais envolvidos no suposto crime estão realizando trabalho administrativo e assim foram afastados das ruas até o fim das investigações.
O parlamentar relatou que nesta terça-feira (19), vai protocolar um requerimento na Polícia Civil e também no DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) para buscar novas informações sobre o caso. Uma outra dúvida de Luiz Fernando é sobre a possível ida dos policiais para averiguar um problema com um dos irmãos de Lucas.
“Tem um dos irmãos do Lucas que já foi preso por cometer um crime e segunda a família ele já cumpriu o que tinha que cumprir perante a Justiça. No caso do Lucas, todos relatam que ele era um menino quieto, estudioso, que só queria o bem de todos, então existe uma preocupação grande com tudo isso. Temos que averiguar de uma vez”, detalhou o deputado.
Durante a conversa, o coronel Nery reafirmou por diversas vezes que quer todas as respostas sobre este caso e que inclusive pede que outras testemunhas possam ser indicadas pela família para trazer relatos sobre o momento do desaparecimento, mas segundo Teixeira existiria um medo de parentes e amigos de fazer relatos com “medo de perder a própria vida” com essa situação.