A munícipe de Diadema, Helenita Rocha dos Santos, de 42 anos, contesta a alta recebida do Hospital Estadual de Diadema, onde faz tratamento no tornozelo, fraturado há seis anos em acidente de trabalho. Na última quinta-feira (7/11), a paciente passou por consulta com médico cirurgião, que teria afirmado “não ter mais o que fazer” e que Helenita, então, estava de alta.
A paciente já passou por cirurgias e segue com sessões de fisioterapia desde o acidente, mas ainda possui complicações no local fraturado, sente muitas dores e não consegue apoiar o pé no chão, o que a impede de trabalhar. “Não consigo apoiar meu pé inteiro no chão, nem ficar em pé durante muito tempo. Não dá para trabalhar dessa forma”, explica.
A paciente, que já chegou a utilizar fixador externo (gaiola), agora permanece com bota ortopédica, depois de receber o diagnóstico do cirurgião responsável, que teria alegado “não ter mais jeito” para o caso. “Ele disse grosseiramente que, depois de tantas tentativas para me curar, já não havia mais o que fazer”, conta a munícipe angustiada, que segue com fisioterapia.
Helenita recorreu à assistência social do Hospital Estadual de Diadema, mas não conseguiu ter o problema solucionado. A auxiliar de produção trabalhava em frigorífico para sustentar dois filhos. “Eu quero voltar a trabalhar, mas nessas condições não consigo. Não posso fazer meu serviço com bota ortopédica. O médico diz que o meu caso só regride e que não podem fazer mais nada por mim”, conta.
Procurado, o Hospital Estadual de Diadema informa que a paciente Helenita Rocha dos Santos mudou recentemente de especialidade, de ortopedia para fisioterapia, e é acompanhada pela equipe de ortopedia da unidade desde 2015, quando também passou por procedimento cirúrgico. Em setembro de 2018, passou por nova cirurgia no tornozelo para a colocação de fixador externo, retirado em janeiro de 2019.
O equipamento ainda informa que, durante todo o período, a paciente foi atendida regularmente pela equipe de fisioterapia, além dos retornos ambulatoriais com a equipe de ortopedia. No último dia 7 de novembro, foi orientada pelo especialista a seguir corretamente as indicações fisioterapêuticas. Não há indicação de novo procedimento e a adesão correta ao tratamento indicado é fundamental para a recuperação da paciente.