O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou o recurso da defesa da jovem Agatha Raianne da Silva que irá para júri popular pela acusação de assassinar o então namorado Francisco Augusto de Lima, de 27 anos, após um churrasco em São Caetano. O advogado da réu, Rafael Dias, afirma que sua cliente agiu em legítima defesa. Não há data para o julgamento.
O recurso foi negado no último dia 31 de outubro. Segundo Dias, o motivo do não provimento foi o fato de uma das testemunhas ter mudado sua versão. Primeiramente tal pessoa afirmou que Francisco agrediu Agatha antes que a jovem deferisse uma facada, depois relatou que a garota era violenta, fato que colaborou para a instituição do júri popular. Agora o caso retorna para São Caetano, local que já tinha indicado a formação do júri em maio.
O advogado afirma que procurará provas de que a vítima cometia violência doméstica contra sua cliente que agiu em legítima defesa. O crime aconteceu em 3 de fevereiro, no bairro São José, após uma forte discussão ocorrida durante um churrasco, Agatha acabou deferindo uma facada que causou um grave ferimento em Francisco e que posteriormente o levou ao óbito.
Tanto Agatha quanto seus familiares sempre alegaram que o caso foi de legítima defesa. Em maio, a irmã de Francisco, Mônica Lima, de 26 anos, prestou depoimento afirmando que Agatha era violenta. “Eu tenho fotos do meu irmão em novembro, quando ela o empurrou na frente e um ônibus e ele ficou machucado”, relatou.