Sete dos 23 vereadores de Mauá protocolaram nesta quarta-feira (6), um ofício direcionado ao prefeito Atila Jacomussi (PSB) e o presidente do Legislativo Vanderley Cavalvante, o Neycar (SD) para que uma audiência pública para debater a entrega da Sama (Saneamento Básico de Mauá) para a Sabesp seja realizada no horário noturno. A intenção é dar mais transparência ao assunto.
“Nós fizemos isso para que a população possa participar da audiência pública. Nós esperamos que esse governo que aí está tenha a sensibilidade de entender que um assunto dessa magnitude, um assunto dessa importância precisa da participação popular”, disse Fernando Rubinelli (PDT), um dos signatários do ofício.
Além do pedetista também assinaram: Adelto Cachorrão (Avante); Marcelo Oliveira (PT); Helenildo Alves, o Tchacabum (PRP/Patriota); José Wilson, o Melão (Cidadania); Roberto Rivelino, o Professor Betinho (DC); e Silvaldo Sabará, o Sinvaldo Carteiro (DC).
A ideia surgiu após o boato de que uma futura audiência só aconteceria às 8h, o que poderia impedir a participação da população. O cenário é parecido com o que aconteceu na Câmara de Santo André entre maio e junho. Uma audiência com integrantes do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), da Sabesp e de entidades públicas se reuniram a noite para debater o assunto.
Após a polêmica votação do projeto, em 11 de junho, outra audiência púbica (essa prevista no projeto autorizativo) ocorreu no horário da manhã, o que causou muita reclamação, principalmente do bloco oposicionista que tentava barrar o acordo na Justiça.
A correria sobre o assunto é grande, pois existe a possibilidade de Atila Jacomussi enviar o projeto autorizativo ainda neste mês. O acordo tratado é parecido com o que ocorreu em Santo André, com a suspensão da dívida de R$ 2,2 bilhões e os investimentos na distribuição de água. A única diferença é que a autarquia estadual não assumiria os serviços de coleta e tratamento de esgoto, atualmente de responsabilidade da BRK Ambiental.
Sobre a Sama, a ideia de Jacomussi é manter a autarquia, porém, transformando a mesma em uma empresa pública de serviços de zeladoria e limpeza pública.