Santo André lançou na manhã desta quarta-feira (6/11) a Linha de Cuidado da Pessoa com Sobrepeso e Obesidade, com ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Na oportunidade, além de explicar o programa que irá proporcionar acompanhamento integral de pacientes, o prefeito Paulo Serra, anunciou a retomada das cirurgias bariátricas no município, procedimento que estava parado desde 2016.
Há um número crescente de pessoas com sobrepeso e obesidade no país, e em Santo André a realidade atinge mais de 200 mil pessoas, deste total, cerca de 3 mil moradores necessitam do procedimento. Com a retomada do serviço, os pacientes serão atendidos no Centro Hospital Municipal Dr. Newton da Costa Brandão.
“Santo André foi um dos precursores em termos de cirurgia bariátrica, mas infelizmente isso sofreu descontinuidade. Estamos retomando as cirurgias e enfrentando esses problemas que são realmente críticos para a população”, explicou o secretário de Saúde, Márcio Chaves.
Ao longo deste ano foram realizadas forças-tarefas com médicos endocrinologistas para identificar os primeiros pacientes que seriam beneficiados com a Linha de Cuidado. “Tivemos aproximadamente 8 mil consultas em que foram realizados exames para identificar e definir, de acordo com a massa corporal, os pacientes que entrariam nesse programa”, acrescenta o secretário ao lembrar que a cirurgia deve seguir um protocolo que envolve toda a rede de atenção básica e especializada. “Não basta a pessoa falar que quer fazer a cirurgia bariátrica, ela precisa passar por todo um acompanhamento psicológico e passar com nutricionista e assistente social”, completou Márcio Chaves.
O médico endocrinologista Antônio Carlos Nascimento explica que o programa é extenso e o protocolo prevê um período de aproximadamente dois anos de acompanhamento para a definição se será necessário realizar a cirurgia bariátrica. “A bariátrica é a ponta e o extremo da situação do obeso. A Linha de Cuidado vai tomar conta desde o paciente com sobrepeso, até obesos de graus 1, 2 e 3. Nos casos de pacientes com obesidade mórbida prevemos a possibilidade de fazer ou não a cirurgia”, pontuou Nascimento.
Os pacientes que desejam passar por acompanhamento precisam procurar a unidade de saúde de referência para que sejam realizados os encaminhamentos necessários.