O secretário de Assuntos Jurídicos de Diadema, Fernando Machado, relatou nesta terça-feira (5), aos integrantes do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que o município entregará nesta quinta-feira (7), na Câmara, o projeto autorizativo para o retorno à entidade regional. Com a decisão, no mês de dezembro o Consórcio voltará a ter oficialmente as sete cidades, algo que não acontece desde setembro de 2017.
A situação foi acertada após a resolução em torno da dívida que a cidade tem com a entidade e que ultrapassa os R$ 10 milhões. Segundo o prefeito de Santo André e presidente do Consórcio, Paulo Serra (PSDB), o valor será divido em até 200 parcelas, porém o acordo só será assinado assim que o retorno for confirmado. O RD procurou o prefeito diademense, Lauro Michels (PV), para falar sobre o assunto, porém, não houve retorno até o fechamento, assim que houver resposta a matéria será atualizada.
Uma das possíveis consequências com o retorno de Diadema à entidade regional é a possibilidade de Michels ser o presidente em 2020. Por causa das eleições, os prefeitos que vão disputar a reeleição não podem assumir o cargo, fato que faz com que a entidade tenha duas opções, o diademense e o chefe do Executivo de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania).
Maranhão foi presidente do Consórcio em 2015, enquanto Lauro foi vice-presidente em 2013, 2014 e 2016, com a presidência do ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT). Inclusive, fontes próximas de Michels confirmam que um dos motivos para que o diademense deixasse a entidade regional foi o fato de não conseguir emplacar seu nome no principal cargo em 2017. O chefe do Executivo de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), conseguiu o apoio da maioria.
Oficialmente a justificativa para a saída foi à questão financeira. Diadema repassava R$ 200 mil por mês à entidade e que considerava que não havia o retorno para o município. A carta de desfiliação foi entregue em março, aprovada em junho e consolidada em outubro de 2017.
O retorno começou a ser tratado com a chegada de Paulo Serra na presidência. O tucano conseguiu garantir os retornos de Rio Grande da Serra e São Caetano que haviam saído em dezembro de 2018.