Operação contra jogos de azar cumpre mandados em Santo André

Casas de jogos de azar fechadas pela operação tinham instalações luxuosas. (Foto: Divulgação MPSP)

O Ministério Público do Estado de São Paulo e a Polícia Militar  deflagraram nesta terça-feira (22/10), a Operação Trevo da Sorte para investigar uma das maiores organizações criminosas que explora jogos ilícitos da região metropolitana. A ação, que também apura a lavagem de milhões de reais, foram cumpridos 6 mandados de prisão temporária contra integrantes do grupo, sendo que 8 pessoas ainda estão foragidas. Ao todo foram apreendidos mais de R$ 200 mil em dinheiro, além de US$ 10 mil e € 2.7 mil.

A operação realizou 101 buscas em endereços em São Paulo, Santo André e Guarulhos. Dos mandados de busca e apreensão, 32 são cumpridos nas residências e escritórios de membros da quadrilha e 69 em casas de exploração de jogos. O Ministério Público ainda tabula tudo o que foi apreendido e não destacou quais foram as prisões e detenções na cidade do ABC.

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A Justiça determinou ainda a imediata destruição de todo o maquinário e equipamentos das casas de jogos, além da interdição dos imóveis usados pela organização criminosa. A ‘Trevo da Sorte’ mobilizou 12 Promotores de Justiça, 33 servidores do Ministério Público de São Paulo, 807 policiais militares, 291 viaturas e sete cães do Canil da PM. Segundo o Ministério Público de São Paulo, a investigação teve início após a deflagração da Operação Jericó, em 2017, e da celebração de um acordo colaboração premiada.

Ministério Público teve autorização para destruir imediatamente as máquinas apreendidas. (Foto: Divulgação MPSP)

De acordo com o Procurador de Mário Sarrubbo foram apreendidas ainda 14 armas, munição, armas químicas como bombas de gás lacrimogêneo e coletes balísticos. Esse material foi apreendido com um policial militar da reserva que fazia parte do grupo. Além dele um policial militar da ativa também foi preso em sua casa onde também foram achadas drogas. Segundo Sarrubbo os policiais abasteciam a quadrilha com informações sobre a polícia, localização de viaturas, abrindo uma brecha no sistema do Copom (Comando de Policiamento) da PM. O tenente coronel Emerson Massera, que participou da operação garantiu que o sistema é seguro. “O sistema é avançado, tando que permitiu a prisão de policiais. Para a corregedoria foi fácil e tranquilo identificar e deter esses policiais”.

A organização criminosa tem ainda participação de funcionários da prefeitura de São Paulo, no entanto nenhum servidor ou político ligado à administração foi preso ou é procurado. “Temos a identificação de funcionários da prefeitura, mas não estão entre os presos ou foragidos. Essa operação não termina hoje, ela terá desdobramentos até pela documentação que apreendemos nas residências e locais de jogos de azar”, disse Sarrubbo em entrevista coletiva logo após a operação.

Armamento apreendido com policial acusado de participar do grupo criminoso. (Foto: MPSP)

 

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