Roberto Palhinha (Avante) retorna, nesta quarta-feira (9), ao Legislativo de São Bernardo para ocupar a cadeira de Ramon Ramos (PDT), morto no último domingo (6). Em entrevista ao RDtv, nesta terça-feira (8), o parlamentar relatou a tristeza com o ocorrido e considera que sua posição dentro da Casa será de independência. “Não serei oposição ao município”.
Palhinha busca manter a mesma posição que teve em parte da segunda gestão do então prefeito Luiz Marinho (PT) – 2013/2016 – quando junto com Ramon e outros parlamentares formou o grupo independente G11, que mais tarde se transformou em G9 e que juntou dentro de uma bancada os partidos aliados ao governo petista, mas que passaram a agir de forma separada da bancada do Partido dos Trabalhadores.
“Naquela época passamos a debater todos os projetos antes de votar e é isso que espero fazer. Não serei oposição ao Município de São Bernardo. Vamos analisar as propostas e votar naquilo que for melhor para a cidade, pois acho que é esse o trabalho do vereador”, explicou.
Desde segunda-feira (7), Palhinha está em busca da solução para todas as questões burocráticas para seu retorno, somando isso ao sentimento de tristeza pela morte do amigo, o novo vereador afirmou que não montará prontamente seu gabinete. “Infelizmente a lei não dá esse tempo para refletir, mas eu farei esse tempo acontecer, até por respeito ao Ramon e a todos”.
A posse acontecerá em meio a sessão desta quarta, inclusive será o primeiro ato no Legislativo. Na sequência haverá a eleição do novo presidente da Casa. Juarez Tudo Azul (PSDB) será o substituto de Ramos. Como o tucano ocupava a segunda secretaria, haverá um novo processo de escolha que culminará no nome do vice-presidente Toninho Tavares (PSDB) para ocupar a cadeira. Martins Martins (PHS) ocupará a vice-presidência.
Quando questionado sobre como se dará o legado de Ramon Ramos na Câmara de São Bernardo, Roberto Palhinha considera que nenhum vereador tenha a característica de assumir o papel de juntar governistas e oposicionistas. “Pode ser que eu me surpreenda no final, mas não considero que não haja um vereador que possa fazer isso. Todos lembram, Ramon e eu ocupamos a mesma mesa na legislatura passada, e oposição e governo viviam ali articulando conosco”, completou.