Um órgão tão importante, mas escondido na maior parte das vezes. O Conselho Tutelar passará por eleições no próximo domingo (6). Os eleitores podem seguir para os locais de votação em seus bairros para escolher o candidato favorito para um dos trabalhos mais nobres na sociedade, zelar pelas crianças e adolescentes de um país, infelizmente, conhecido pela violência infantil.
Tal situação é visível pelos brasileiros. Em pesquisa realizada pela organização social Visão Mundial, em 2018, colocou o Brasil como o país mais violento entre 13 nações da América Latina. Treze por cento dos entrevistados enxergam que existe alto risco dessas práticas contra a criança no País.
A falta de informações sobre o trabalho do conselheiro tutelar e o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) colabora para afastar a maior parte da sociedade das ações preventivas que podem ser realizadas em prol das crianças e que, muitas vezes, são deixadas de lado, em razão do ostracismo muitas vezes colocado em um órgão como o Conselho Tutelar.
Não há obrigação do voto para escolha dos próximos conselheiros. Mas existe uma importância gigantesca da participação popular em um momento como este. Fato que pode colaborar para jogar um holofote para os profissionais e começar a colocar na cabeça de todos a valorização deste trabalho, principalmente para aqueles que são responsáveis pelo público alvo.
Também chegou o momento de o poder público realizar ações em conjunto e dar publicidade a esses projetos, que podem ajudar a todos neste objetivo de valorizar o conselheiro tutelar. Criar boas medidas para reduzir essa evidente impressão de que não zelamos tão bem do futuro do Brasil. Há esperanças de melhoras, mas desde que se possa utilizar bem os mecanismos colocados, como o Conselho Tutelar.