Pré-candidato a prefeito de Diadema, o ex-vereador e ex-secretário Atevaldo Leitão (PSDB) tenta emplacar seu futuro plano de governo na cidade. Em entrevista ao canal RDtv, o tucano afirmou que caso seja eleito pretende tomar uma medida autodenominada como “polêmica”, dar fim à Lei de Fechamento de Bares, ou Lei Seca, que proíbe a abertura de bares e a venda de bebida alcoólica entre 23h e 6h.
“Meu compromisso com a população de Diadema, caso eu seja o prefeito, podem ficar tranquilos que essa Lei Seca em Diadema será acabada (sic)”, disse o tucano que considera que as normas existentes na cidade, desde 2002, foram feitas para “reprimir as pessoas”, principalmente os comerciantes na cidade que, segundo Leitão, estariam impedidos de realizar, por exemplos, pequenos shows para atrair os clientes.
“Em Diadema, um coitado de um comerciante não pode levar um violão, por exemplo, para criar um atrativo para ganhar o pão dele. É tirado esse direito dele, pois a GCM (Guarda Civil Municipal) vai lá (no comércio) e o reprime a mando do prefeito, como se isso fosse combater o crime”, argumentou Atevaldo.
Idealizadas pela ex-prefeiturável Maridite Custódio e instituída durante a segunda gestão de José de Filippi Júnior (PT), as regras da denominada Lei Seca tinham como intenção a redução na queda de homicídios na cidade, principalmente após a verificação de que o tipo de crime acontecia em bares, nos finais de noite.
Segundo os dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, em 2001, a taxa de homicídios em Diadema era de 65,7 por cada 100 mil habitantes. No ano passado, a taxa caiu para 9,51. Em 1997, o município chegou a ser considerado o mais violento do País, com 140,4 mortes por homicídios pela mesma proporção, segundo dados apresentados pelo Datasus, sistema do Ministério da Saúde.
Sem detalhar, Atevaldo Leitão pretende implantar no município o projeto “Diadema Mais Segura”, para aumentar o nível de segurança na cidade e, por consequência, permitir que os bares continuem abertos por mais tempo.
Mudanças
Autor do projeto de lei que visava reduzir o número de vereadores em Diadema de 21 para 11, Leitão quer reduzir a quantidade de secretarias das atuais 16 para 14. Com isso, a Secretaria de Meio Ambiente passaria a ser gerida na pasta de Obras e a Secretaria de Segurança Alimentar, na qual o tucano liderou por 10 meses, seria alocada dentro da pasta de Assistência Social e Cidadania.
Antes das mudanças no Executivo, Atevaldo quer modificar sua imagem que ainda é muito ligada ao atual prefeito Lauro Michels (PV). Aliado de primeira hora do verde, o tucano foi demitido do primeiro escalão em novembro do ano passado, e considera que o fato já faz com que sua ligação com a atual gestão seja deixada de lado, apesar das lembranças feitas por munícipes em grupos nas redes sociais.