PMI consolidado do Brasil avança a 52,5 em setembro, diz IHS Markit

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) consolidado para o Brasil avançou 0,60 ponto porcentual entre agosto e setembro, de 51,9 para 52,5, o aumento mensal mais forte desde março. O dado, que representa uma média ponderada dos resultados específicos para o setor industrial e o de serviços, foi divulgado nesta quinta-feira, 3, pela IHS Markit .

O aumento na atividade foi influenciado pela aquisição de novos negócios, com indústria e serviços atingindo as maiores altas em dezoito meses e seis meses, respectivamente.

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O PMI de serviços, também divulgado nesta quinta-feira, subiu de 51,4 pontos em agosto para 51,8 em setembro – o terceiro aumento consecutivo – e o da indústria, publicado na última terça-feira (01), avançou de 52,5 para 53,4.

“O mercado de trabalho se beneficiou da demanda robusta por mercadorias e por serviços, com setembro mostrando a recuperação mais rápida no nível de empregos do setor privado em quatro anos e meio”, afirma a economista principal da IHS Markit, Pollyanna de Lima, no documento de divulgação do indicador.

O texto ainda destaca que foram registradas revisões para baixo nas projeções de crescimento dos setores industrial e de serviços, apesar de o sentimento em relação aos negócios permanecer elevado. A inflação do custo de insumos na economia do setor privado ganhou impulso tanto nos serviços como na indústria em setembro, com o maior aumento no nível dos preços de venda desde março.

No setor de serviços, o destaque foi o crescimento nos fluxos de pedidos, na atividade de negócios e no nível de empregos. Por outro lado, o PMI registrou queda no grau de sentimento e em novos pedidos para exportação. Segundo a IHS Markit, a recuperação nas vendas refletiu a expansão da base de clientes e o fortalecimento de condições de demanda.

Já a quantidade de negócios provenientes do exterior continuou a se contrair, apesar de ter tido a taxa de queda mais lenta dos últimos sete meses. Os entrevistados do setor citaram aumentos dos custos dos insumos de combustíveis, peças de automóveis, materiais de construção, alimentos e mão de obra como principais pressões inflacionárias e revisaram para cima seus preços de venda, com a maior taxa de inflação desde março.

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