Considerada como uma das áreas de maior reclamação em Mauá, a Saúde passará por mudanças nos próximos meses. Em entrevista ao RDtv, na última sexta-feira (27), o prefeito Atila Jacomussi (PSB) confirmou que o processo licitatório para a administração do Cosam (Complexo de Saúde de Mauá) será dividido em lotes, inclusive dando oportunidade para a participação da Fundação do ABC (FUABC).
Ainda não há uma data exata para que o processo saia do papel. A intenção do socialista é acertar todas as arestas que ainda estão em torno do processo que culminou na judicialização da parceria entre Mauá e a FUABC durante o governo de Alaíde Damo (MDB), principalmente tudo que gira em torno da dívida.
Uma empresa de auditoria será contratada para verificar todos os valores que são cobrados pela Fundação e também sobre os serviços prestados nos últimos meses, principalmente a partir de agosto de 2018 quando o pagamento começou a ser indenizatório. A Organização Social de Saúde (OSS), segundo relatório do Ministério Público (MP) considera que o valor devido já ultrapassou a casa dos R$ 160 milhões.
“O modelo adotado pela administração passageira, se assim podemos chamar, apresentou um modelo que falava da troca da empresa, mas sem apresentar um plano de desmobilização no Hospital (de Clínicas Dr. Radamés Nardini) e que poderia acarretar na paralisação dos serviços”, explicou Atila.
A ideia é que o novo secretário de Saúde, Luís Carlos Casarin, procure a direção da Fundação do ABC nos próximos dias para saber sobre sua intenção de ficar no município e também sobre a assinatura do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que é debatido desde o ano passado, mas que até o momento não houve sua consolidação.
Outro ponto que a cidade pretende discutir é a questão do pagamento dos trabalhadores da FUABC, principalmente sobre aqueles que foram exonerados desde o início do imbróglio, em 2017. Até o momento ninguém recebeu qualquer direito indenizatório sobre o assunto.
Outros pontos
Enquanto busca uma resolução sobre a licitação na Saúde, Atila Jacomussi afirmou que vai procurar novamente o secretário estadual da área, José Henrique Germann Ferreira, para tentar emplacar a ideia do aumento dos repasses para o custeio do Hospital Nardini. A ideia é subir dos atuais R$ 950 mil para a faixa dos R$ 5 milhões. A principal justificativa do prefeito é o fato do equipamento atender pacientes de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o que aumenta os custos.