O câncer de mama é a neoplasia de maior incidência entre as mulheres no mundo, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer). Estimam-se no Brasil 59.700 novos casos para 2019, isto é, 56,33 casos a cada 100 mil mulheres. Trata-se de um tumor maligno causado pela multiplicação anormal das células da mama.
Segundo Thais Santarossa, mastologista do Hospital América de Mauá, há vários tipos de câncer de mama, mas 90% deles ocorrem nos ductos ou lóbulos. “Quando está em fase inicial, o tumor é chamado ‘in situ’, mas quando a doença rompe o ducto ou o lóbulo o tumor passa a ser denominado ‘invasivo’. O carcinoma ductal invasivo é o tipo mais comum, seguido pelo carcinoma lobular invasivo, sendo que 30% dos casos são bilaterais”, explica.
O câncer de mama é dividido em quatro estádios ou estágios, conforme o grau de desenvolvimento da doença. O estadiamento do câncer de mama é baseado no tamanho do tumor, na quantidade de linfonodos axilares comprometidos e na presença de metástases à distância. Atualmente, foram somados ao estadiamento achados clínicos e imunohistoquímicos. “Entre os principais sintomas da doença estão mudanças nas características da mama, como nódulos mamários, alterações na pele da mama (vermelhidão, retração, aspecto casca de laranja), alterações no mamilo, saída de secreção do mamilo, geralmente transparente como ‘água de rocha’ ou sanguinolenta, e nódulos na região da axila. Não é comum sentir dor em casos de câncer”, afirma a mastologista.
Orientações
Todas as mulheres devem fazer acompanhamento anual com o ginecologista e, a partir dos 40 anos, devem fazer o exame de mamografia anualmente. “A mamografia é o principal exame para detectar o câncer de mama. Os demais exames são complementares e indicados de acordo com cada caso, como a ultrassonografia e a ressonância magnética das mamas”, pontua a doutora.
O câncer de mama não possui causa única, de modo que diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença. “O risco aumenta principalmente com o avançar da idade. A maioria dos cânceres de mama é diagnosticada em mulheres acima de 55 anos. Apenas 5% a 10% dos casos são hereditários, ou seja, causados por defeitos genéticos herdados”, destaca a médica.
Por meio de exame clínico anual com o ginecologista e/ou o mastologista, é possível, juntamente com a mamografia, fazer o diagnóstico precoce do câncer de mama e indicar o melhor tratamento para cada caso. “O tratamento adequado depende do estádio da doença, mas basicamente consiste em cirurgia, quimioterapia e hormonioterapia. O câncer de mama tem cura, principalmente se diagnosticado em estádio inicial. Por isso, é importante que as mulheres realizem exames de rotina anualmente”, orienta.