Carro todo mundo quer. Todos sonham em ter um veículo para chamar de seu. Quando conseguem, usufruem da melhor maneira possível, mas passa o tempo, o objeto de desejo sofre com o descuido e o abandono vira solução. Infelizmente, uma situação como essa é muito comum. Todo esse cenário apenas mostra a necessidade da criação de programas de conscientização sobre a destinação correta do produto.
Os danos para o meio ambiente são bem notórios com a ferrugem e a própria degradação de outras peças dos carros, principalmente os mais antigos, que são produzidos com materiais que podem causar maior prejuízo para o meio ambiente. Na maioria dos casos do ABC, os veículos estão estacionados ao lado de uma árvore ou em áreas de mata.
Além do prejuízo para a natureza, tem o desconforto para a população, obrigada a conviver com um elemento que acumula lixo e também serve de esconderijo para materiais ilícitos, como drogas e armas. Isso para não contar a degradação social, pois os carros são utilizados como abrigo por moradores de rua, não atendidos pelo poder público.
Oferecer orientações à população sobre como dar um melhor destino aos veículos do gênero e cobrar, sem trégua, uma política de logística reversa das indústrias automobilísticas são o principal caminho para enfrentar o problema. Mas não pode ser da mesma maneira que acontece com outras áreas, como o descarte de móveis e de entulho oriundo de obras, em que as iniciativas são quase nulas e pouco divulgadas em todas as cidades, o que resulta em pontos de descarte irregulares, que simplesmente aumentam o problema.
Trazer o assunto nesta edição do RD conta como um esforço para que se faça algo com a finalidade de acabar com o descarte irregular. Temos de exigir que o poder público, a indústria e população façam a sua parte. Para que imagens como as relatadas nesta reportagem não sejam alvo de muitas matérias que demonstram o quanto é vergonhoso o cenário.