O ranking Connected Smart Cities (Cidades Inteligentes Conectadas) realizado pela Urban Systems, em parceria com a Sator e o apoio da Revista Exame, conferiu quatro títulos a São Caetano; a cidade foi 5º lugar em todo país no índice geral que considera as áreas de Mobilidade, Urbanismo, Meio Ambiente Tecnologia e Inovação, Saúde, Educação, Empreendedorismo, Governança, Economia e Segurança. Se consideradas apenas as cidades comparáveis em tamanho, ou seja, entre 100 mil e 500 mil habitantes, o município do ABC é campeão. O ranking também avaliou as cidades em cada uma das áreas e em Educação novamente São Caetano é referência nacional, ficando também em primeiro lugar. Economia e Saúde foram outros destaques para a cidade.
No índice geral a cidade vem melhorando a cada ano. Em 2017 estava em 9° lugar dentre todas as cidades do país; no ano passado desdeu duas posições para este ano alcançar a 5ª posição e a primeira entre as cidades do seu porte.
Educação foi o maior destaque da cidade. O primeiro lugar foi alcançado depois de duas avaliações bem positivas; um 14º lugar em 2017 subindo uma posição no ano passado e mais doze até a primeira colocação. O prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) destaca a constante busca pela excelência. “Pensamos a cidade não só para o presente, mas, principalmente, para o futuro. Esta é a garantia de que as novas gerações terão condições de morar em um lugar ainda melhor, superando os desafios e aprimorando cada vez mais a solidariedade, a fraternidade e a igualdade de oportunidades. E o Ranking Connected Smart Cities mostra que estamos no caminho certo”, ressalta. A premiação aconteceu na terça-feira (17/09) e o município foi representado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo, Tecnologia e Inovação, Fernando Trincado.
Em cada área analisada pelo ranking, São Caetano também apresentou melhora na maioria deles. A cidade era a sétima economia do país em 2017, ganhou uma posição no ano passado e fechou este último levantamento em quarto lugar. A organização, para avaliar as cidades, considerou indicadores concebidos para os eixos de mobilidade, acessibilidade e empreendedorismo; percentual da força de trabalho ocupada no setor de tecnologia da informação e comunicação; percentual da força de trabalho ocupada em educação, pesquisa e desenvolvimento; número de computadores, laptops, tablets ou outros dispositivos digitais de aprendizagem disponíveis por 1.000 alunos. A pesquisa atribui pontos ainda a renda da população, crescimento econômico de diferentes setores relevantes para a cidade, a sustentabilidade econômica, a origem da receita e a proporção do número de empregos disponíveis.
O município informa que 94% dos empregos na cidade estão no setor privado. A cidade conta com 1,02 empregos formais por habitante relacionado à PEA (População Economicamente Ativa); crescimento de 3,41% das empresas e de 2,08% de empregos; e 58,4% da receita municipal não é oriunda de repasses.
Outro destaque de São Caetano foi a Saúde, considerada pelo ranking Connected Smart Cities a quarta melhor do país. Em 2017 foi eleita terceira melhor e no ano passado caiu para 9ª posição. Os indicadores deste eixo estão atrelados a oferta de leitos, profissionais qualificados, cobertura de atendimento, investimentos público no setor e mortalidade infantil. Foram considerados ainda indicadores de infraestrutura de saneamento básico, uma vez que a ausência de acesso a água potável e a coleta de esgoto pode indiretamente acarretar problemas de saúde na população, conforme conceito de conectividade entre os eixos que compõe este estudo. O município tem, segundo a prefeitura, 5,11 leitos por mil habitantes; cobertura populacional da Equipe de Saúde da Família de 63%; gasta R$ 1.983 por habitante nesta área e tem o índice de óbitos por mil nascidos vivos e de seis.
No quesito governança São Caetano caiu. Chegou a ser o segundo em 2017, caiu drasticamente no ano passado para a 48ª colocação e este ano chega perto das primeiras colocações ficando com a 6ª posição.
Municípios pioraram em atenção ao meio ambiente
As cidades do ABC que aparecem no ranking Connected Smart Cities (Cidades Inteligentes Conectadas), que são Santo André, São Caetano e Mauá (as demais ficaram fora das 100 melhores colocadas) pioraram seus resultados no quesito meio ambiente. A maior queda foi de Santo André que estava entre as melhores há dois anos, com a 7ª colocação em 2017 e despencou para o 34° lugar no ano passado e quase saiu da lista das 100 mais, ficando na 94ª posição este ano.
O índice que mais pesa neste quesito é o percentual de coleta e tratamento de água. Tanto que Santos, no litoral sul paulista, foi o primeiro lugar por ter 100% de atendimento urbano de água, esgoto e coleta de resíduos sólidos. O percentual de tratamento de esgoto sobre o coletado é de 97,6%. A cidade apresenta monitoramento de áreas de risco, e quando avaliado o percentual de perdas de água na distribuição, o índice é de 14,3%, inferior a metade da média brasileiras. No caso de Santo André, a cidade tem 42% do tratamento de esgoto. Este ano o município passou o serviço de saneamento para a Sabesp para sanar uma dívida bilionária e a estatal promete em três anos aumentar o percentual de tratamento para 75%. A Sabesp também prevê a redução de perdas de 45% para 35% até 2022, economizando 2 bilhões de litros de água.
São Caetano, revelação em Educação, Economia e Saúde, que contribuíram para a liderança na classificação geral, também teve queda na área de Meio Ambiente. A cidade estava na 23ª posição em 2017, passou para a 7ª no ano passado e ficou em 15º este ano, ou seja, melhorou e voltou a cair.
Mauá, onde o serviço é dividido entre a Sama (Saneamento Ambiental de Mauá) que cuida da água e a BRK Ambiental que faz a coleta e tratamento, o ranking rebaixou a colocação da cidade seguidamente nestes três anos; 15º em 2017, 43º no ano passado e 53º neste ano.
Segurança é outro destaque positivo
Das três cidades do ABC que apareceram no quesito Segurança do ranking Connected Smart Cities (Cidades Inteligentes Conectadas) duas melhoraram seus índices. A melhor colocada foi São Bernardo, que este ano ficou em 13º. Em 2017 era apenas a 24ª.
A surpresa é Diadema que estava na 29ª posição no ano passado e subiu para a 23ª. O município sofreu muito com a violência e ainda é estigmatizada por isso. No domingo ganhou as manchetes dos principais jornais por mais um episódio de violência, o assassinato da motorista de aplicativo Adriana Márcia de Almeida, após levar um tiro no pescoço durante um assalto.
Santo André apareceu neste ano na 46ª posição. Nos dois anos anteriores não foi ranqueada. São situações avaliadas para a atribuição de pontos nesta área o monitoramento de áreas de risco, número de homicídios, mortes no trânsito, despesa com segurança e a relação do número de policiais com o número de habitantes.
Geral | ||||
2017 | 2018 | 2019 | ||
Santo André | 26º | 39º | 36º | |
São Bernardo | 20º | 33º | 18º | |
São Caetano | 9º | 11º | 5º | 1ª entre as de 100 mil a 500 mil habitantes |
Mobilidade | ||||
São Bernardo | NC | NC | 36º | |
Urbanismo | ||||
Santo André | 16º | 13º | 84º | |
São Bernardo | 20º | 33º | 8º | |
Ribeirão Pires | NC | NC | 54º | |
Meio Ambiente | ||||
Santo André | 7º | 34º | 94º | |
São Caetano | 23º | 7º | 15º | |
Mauá | 15º | 43º | 53º | |
Tecnologia e inovação | ||||
Santo André | 23º | 18º | 29º | |
São Bernardo | 49º | 41º | 48º | |
São Caetano | 21º | 11º | 14º | |
Saúde | ||||
São Caetano | 3º | 9º | 4º | |
São Bernardo | 47º | 37º | 89º | |
Diadema | NC | NC | 96º | |
Educação | ||||
São Bernardo | NC | NC | 97º | |
São Caetano | 14º | 13º | 1º | |
Empreendedorismo | ||||
Santo André | NC | NC | 42º | |
Governança | ||||
Santo André | NC | NC | 31º | |
São Bernardo | NC | NC | 42º | |
São Caetano | 2º | 48º | 6º | |
Economia | ||||
Santo André | 26º | 45º | 42º | |
São Bernardo | 23º | 49º | 17º | |
São Caetano | 7º | 6º | 4º | |
Segurança | ||||
Santo André | NC | NC | 46º | |
São Bernardo | 24º | 26º | 13º | |
Diadema | NC | 29º | 23º | |
Mauá | NC | NC | 45º | |
NC – Não consta ou não ranqueado |