Dengue, doença conhecida que vira e mexe é pauta dos mais diversos veículos de comunicação. Campanhas são realizadas, os cuidados são relembrados, mas basta certo período de descuido para que surto sobre os casos da doença e de outras que são transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti retorne. E foi o que aconteceu no ABC, conforme reportagem que é manchete desta edição do RD. São mais de 1,2 mil casos apenas em 2019.
Infelizmente as causas de todos esses números são óbvias. Não precisa ser especialista para apontar o problema. O primeiro começa com a própria população. Os cuidados sempre citados: não deixar água acumular em garrafas e pneus, colocar areia no pratinho das plantas, fechar e vedar a caixa d’água etc. Tudo isso já foi colocado por um milhão de vezes e deve ser um cuidado eterno, não se pode deixar isso de lado, nunca.
Do outro lado, existe grande culpa no poder público que reduziu drasticamente as campanhas em rádios, TVs e jornais. Também a queda no número de agentes que realizam as fiscalizações necessárias para que os terrenos abandonados possam ser limpos para evitar a proliferação da enfermidade e outros tantos alertas que poderiam ser dados.
Não adianta confiar que existe um tratamento para todas as doenças causadas pelo mosquito Aedes. São doenças perigosas e todos os cuidados preventivos que possam ser realizados sempre ajudam muito a milhares de pessoas que estão expostas.
Todos devem fazer a sua parte e é muito necessário que haja uma cobrança mútua para isso. Alerte quem tiver ao lado, cobre de sua respectiva Prefeitura para que as ações sejam realizadas. O tipo de processo não pode ser levado para o lado da politicagem (como muitos fazem), é uma questão de saúde pública, muito séria e que deve ser dada grande importância.