De olho nas eleições de 2020, o PT realiza no próximo domingo (8) o PED (Processo de Eleição Direta) que vai eleger os presidentes dos sete diretórios na região, além da Macro ABC. Em cinco das sete cidades haverá disputa, mas com amplo favoritismo do bloco do CNB (Construindo um Novo Brasil), encabeçado na região pelo atual presidente estadual da legenda, o ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho.
O diretório com o maior número de candidatos é Santo André, que conta com três postulantes. O ex-vereador Antonio Padre tem o apoio de quatro dos cinco vereadores, além da maioria dos pré-candidatos da legenda a prefeito, como Erick Eloi e Bete Siraque. O segundo candidato é Dircon Bastos, que conta com apoio do legislador Willians Bezerra, que também colocou seu nome para a disputa do próximo ano. Aylton Affoso é o terceiro nome da lista.
Em São Bernardo, o advogado Cleiton Coutinho conta com o apoio de Marinho e de todos os vereadores, além dos deputados estaduais Luiz Fernando e Teonílio Barba. A chapa adversária é liderada por Lidney Soares, que foi candidato a vereador nas eleições de 2016.
No caso de Diadema, Adi dos Santos Lima tenta a reeleição e conta com o apoio da maioria dos principais nomes do partido, inclusive do pré-candidato a prefeito José de Filippi Jr. A segunda candidata para liderar a legenda na cidade é Roseli Aparecida de Souza, a Rosa, conhecida pelo seu trabalho na direção do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema). O cenário é igual em Mauá. Junior Getúlio tenta a reeleição e terá, como adversário, Valdenito Almeida.
Nas demais cidades haverá homologação dos candidatos únicos. Em São Caetano, Claudiomar Alencar será o presidente e, em Ribeirão Pires, o nome colocado é de Antonio Carlos Pereira de Souza, o Carlão. Em Rio Grande da Serra será André Nascimento.
Na Macro ABC são dois nomes na disputa para substituir o ex-prefeito de Santo André, Carlos Grana, ambos de São Bernardo. Brás Marinho, irmão de Luiz Marinho, tem o apoio da maioria dos petistas com cargos eletivos. Sua adversária será Vanda Nunes Santana, a Vanda Terra.
Em todas as cidades, a ideia é que o PED, de alguma forma, fortaleça o partido para a disputa eleitoral do próximo ano, mas internamente existe uma preocupação com o número de filiados com direito a voto que vão comparecer. Tanto internamente quanto externamente figuras da legenda consideram que, quanto maior for a participação, maior será a demonstração de força.
Além disso, a eleição interna também será utilizada para a ampliação da campanha em prol do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Boa parte das chapas colocou como uma das principais intenções a tentativa de libertação do petista, preso desde abril.