Há mais de um ano, Rosinete Carlos da Silva aguarda para fazer radiografias no Quarteirão de Saúde, em Diadema. A moradora, que enfrenta um câncer de mama com metástase no útero, sofre com fortes dores nos ossos, principalmente na coluna, e precisa do exame com laudo para descobrir o motivo e iniciar tratamento adequado com ortopedista.
No entanto, na última quarta-feira (28/8), ao procurar a Secretaria de Saúde, a paciente foi informada de que não há prazo para realização do exame, já que Diadema estaria sem equipamento. Rosinete aguarda também chamada para acupuntura e fisioterapia, todos solicitados em 18 de maio de 2018 e sem data para serem realizados.
Além do tratamento com profissional especializado, o laudo ajudaria a paciente na obtenção de auxílio doença do INSS, pelo qual Rosinete inclusive já entrou na Justiça. “Não sei o que fazer, as dores são insuportáveis. Minha filha acorda comigo chorando de noite e eu não posso retornar ao médico, nem tomar medicação sem o exame”, lamenta.
Procurada, a Prefeitura de Diadema informa que o aparelho de raio-x do Quarteirão da Saúde está em funcionamento e atende, prioritariamente, exames de urgência e emergência, que são agendados em equipamentos estaduais da região. Ainda de acordo com a administração, a paciente faz acompanhamento com reumatologista regularmente e teve consulta em 2018 com ortopedista, que solicitou exames de raio-X, agendados para a Casa de Esperança, em Santo André, para 16 de maio de 2019.
Rosinete no entanto conta não ter sido informada pela Prefeitura sobre o agendamento das radiografias na Casa da Esperança. “Se soubesse desse agendamento, não teria perdido”, reclama. Segundo a paciente, até mesmo quando foi até a Secretaria da Saúde, na última quinta-feira (29/8), não a informaram sobre o agendamento perdido. “Ninguém me informou de nada, nem sequer olharam meu histórico e meu caso no sistema para tentarem me ajudar”, acrescenta.
Sobre as fisioterapias, a Prefeitura de Diadema informa que o tratamento teve início em 15 de outubro de 2018, com 20 sessões na Santa Casa de Misericórdia de Diadema. Já o acompanhamento de acupuntura aguarda disponibilização de vaga, devido à alta demanda de pacientes para esta especialidade. “Me enrolam e com isso minha situação piora”, lamenta.