Os professores e auxiliares da Universidade Metodista fizeram manifesto nesta quinta-feira (29) em frente ao campus Rudge Ramos, em razão de salários atrasados e não pagamento de benefícios, como vale alimentação e vale refeição. A crise na instituição vem desde 2015, sendo que dois anos depois 40 professores foram demitidos. Este ano, em maio, a universidade enfrentou 19 dias de greve. A direção assumiu, na Justiça do Trabalho, compromisso de acertar os atrasos, mas de acordo com o sindicato não cumpriu o cronograma.
O presidente do SinproABC (Sindicato Professores do ABC), Jorge Maggio, diz que vai executar o dissídio de greve e cobrar as multas da Metodista. “Não sabemos se o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) está sendo depositado, mas os trabalhadores não estão recebendo vale transporte e vale alimentação. No último dia 13, um elevador no campus Planalto da Metodista despencou do 4° andar deixando alunos e uma professora feridos, isso nos faz refletir sobre a manutenção dos prédios da universidade”, aponta o professor.
A professora Cristiane Gandolfi afirma que a categoria tem passado dificuldades e, por isso, realiza atos que considera heroicos. “Fizemos uma greve de 19 dias, isso foi heroísmo, porque as instituições de ensino superior não têm tradição de movimentos como esse. Foi proposto o acordo e a Metodista não respeitou a Justiça, então vamos ter de executar”, declarou a mestre durante a assembleia, que contou com apoio de uma bateria organizada por professores e alunos.
Os funcionários enfrentam drama maior, segundo o presidente do SAAE (Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar), Donisete Gimenes Ângelo. “Os professores, em geral, dão aulas em outros locais, os funcionários não. Eles cumprem uma jornada de trabalho na Metodista”, avalia. São cerca de 1,1 mil funcionários espalhados em três campi. A Metodista não se pronunciou sobre o assunto.