Metodista mantém atraso nos pagamentos e professores fazem ato na quinta-feira

Novamente professores e alunos vão ocupar a entrada da Metodista, como ocorreu em abril. (Foto:Divulgação)

A Universidade Metodista continua com o pagamento dos salários de funcionários e professores atrasados. Desde o início do ano que se tenta uma solução para a crise, entre abril e maio deste ano o Sinpro (Sindicato dos Professores) do ABC e o sindicato dos auxiliares realizaram uma greve que durou 19 dias. Na ocasião foi assinado pela Metodista o dissídio de greve estabelecendo datas para pagamentos até regularização da folha, mas a medida não foi cumprida e o Sinpro diz que vai executar, o que implica multas para a universidade. Na quinta-feira (29/08) os professores e funcionários farão um ato em frente a portaria da rua Sacramento, no Rudge Ramos.

Os atrasos superam em 15 dias o quinto dia útil, data de pagamento do salários, segundo relata Jorge Maggio, presidente do Sinpro ABC. A inadimplência da universidade é também nos benefícios. “Não sabemos se o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) está sendo depositado, os trabalhadores não estão recebendo Vale Transporte e Vale Alimentação. No último dia 13, um elevador no Campus Planalto da Metodista, despencou do 4° andar deixando alunos e uma professora feridos, isso nos faz refletir sobre a manutenção dos prédios da universidade”, aponta o professor.

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Maggio disse que até esta segunda-feira (26/08) o salário referente ao mês de julho ainda não havia sido depositado. “No mês anterior foi a mesma coisa, prometeram pagar até 10 de julho o salário de junho, mas isso só foi feito no final do mês”, relata. O presidente do sindicato disse ainda que não sabe se a instituição está pagando aos bancos o que desconta dos funcionários que pediram empréstimos consignados. “Isso causa uma situação muito constrangedora. Pode sujar o nome dos professores”, alertou.

Para Maggio uma nova greve é possível. “Os alunos estão pagando, mas a universidade não está. Nem o dissídio de greve foi cumprido; nele a Metodista propôs as datas de pagamento. Por isso nós vamos executar e a justiça do trabalho vai impor multa”. Além da execução o Sinpro fará um ato em frente a entrada principal do campus Rudge Ramos na quinta-feira, às 18h30.

O RD procurou a direção da Metodista indagando sobre o atraso nos pagamentos e se a universidade acumula outras dívidas, mas até o fechamento desta reportagem, não houve resposta.

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