Prefeito de Mauá por três oportunidades, Oswaldo Dias busca apoio dentro do PT para se candidatar novamente em 2020. Em entrevista ao canal RDtv, desta quinta-feira (22), o petista afirmou que tenta acordo com os demais pré-candidatos da legenda para evitar as prévias. O ex-prefeito também considera que a cidade deve ter três prioridades claras, resolver os problemas na saúde, na distribuição de água e a dívida milionária com a Caixa Econômica Federal.
Além de Dias, o PT também cogita as futuras candidaturas do ex-vice-prefeito Paulo Eugênio, um dos autores do impeachment contra o ex-prefeito Atila Jacomussi (PSB), e o vereador Marcelo Oliveira, alçado ao status de pré-candidato ainda em 2018, logo após a informação de que seu nome não estava na lista encontrada na casa do ex-secretário João Gaspar (PCdoB) com supostos pagamentos de propina.
“Nós pleiteamos esse acordo. Estamos com um diálogo bom com o Paulo Eugênio e o Marcelo, e acredito que vamos trabalhar por um consenso para que não haja necessidade de prévia”, afirmou. A expectativa é que o assunto ganhe mais força após o PED (Processo de Eleição Direta) do PT, marcado para 8 de setembro e que definirá a próxima gestão municipal do partido.
Nos bastidores petistas, o nome de Oswaldo Dias surgiu como alternativa tanto à crise política vivida na cidade quanto à própria imagem do Partido dos Trabalhadores, após a operação Lava Jato. Segundo a pesquisa realizada pelo ABC Dados, em junho, e vazada no último fim de semana, Dias e Oliveira lideram os respectivos cenários.
Cidade
Ao ser questionado sobre os problemas administrativos de Mauá, Oswaldo Dias demonstrou uma grande preocupação com a dívida existente da Prefeitura junto à Caixa Econômica Federal, de R$ 520,1 milhões, oriunda de financiamento realizado em 1990 para canalização dos córregos Bocaina, Corumbé e Tamanduateí.
“Acho que é necessário ver a questão da dívida que a cada dia aumenta mais. Temos de ver se o valor anunciado está realmente correto. Temos de negociar isso. Fizeram um acordo e colocaram o ISS e o IPTU como garantia, daqui a pouco Mauá ficará sem verba para fazer os investimentos necessários”, comentou o ex-prefeito.
Outro ponto de preocupação do petista é a dívida com a Sabesp, de R$ 3,2 bilhões. Sem saber sobre a reunião entre a prefeita Alaíde Damo (MDB) e a direção da autarquia estadual, Dias afirmou que a emedebista poderia resolver tal situação antes mesmo do período eleitoral.
O terceiro ponto colocado por Oswaldo Dias é a saúde pública e a necessidade de uma rápida resolução, inclusive com uma auditoria em todos os gastos e investimentos feitos pela Fundação do ABC na cidade.