Se existe algo comum nas redações dos jornais da região são as reclamações dos andreenses em relação à falta d’água em alguns bairros. Agora, a resolução deste problema pode surgir como um verdadeiro presente de Natal, pelo menos é o que anunciou a Sabesp. O desafio é gigantesco, mas possível se levar em conta o tamanho do poderio financeiro da autarquia estadual.
Alguns pontos devem ser levados em conta na hora de analisar tal situação. Diferente do cenário encontrado em Guarulhos, a Sabesp já conta com infraestrutura mínima feita pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e que deve passar por uma rápida modernização. Um dos fatos que corroboram com isso é que a ETA (Estação de Tratamento de Água) da cidade passa a ser utilizada apenas para educação ambiental.
O investimento de R$ 21 milhões, que será feito em três das quatro obras necessárias para alcançar o objetivo de acabar com tais reclamações, equivale a apenas 1,4% do aporte total da Companhia Estadual de Saneamento nos próximos seis anos na cidade, de R$ 1,5 bilhão. Algo inclusive menor do que foi utilizado em outras cidades, que recentemente assinaram a concessão para a Sabesp, como Diadema.
Claro que o desafio conta com problemas, o principal deles é que a data para ser cumprida, exatamente no início do período em que ocorre o maior consumo de água do ano, o verão. Apesar do aumento de vazão e as obras anunciadas, mudar a cultura de consumo de água do brasileiro em meio ao calor intenso será um obstáculo e tanto para todos.
No mais, o dia 22 de dezembro, além do Dia da Consciência Ecológica, pode ser conhecido como a data para o fim de uma das principais reclamações em Santo André. Dizer que todos ficarão de olho é obvio, mas necessário, pois se deve levar em conta o quanto a população sofre com um serviço que não é prestado faz muito tempo.