Com direito a bate-boca nos corredores do Legislativo, a Câmara de Mauá aprovou nesta terça-feira (13), em primeiro turno, o projeto de lei que muda regras sobre o transporte escolar na cidade. O principal motivo de polêmica foi a aprovação da Mensagem Aditiva da prefeita Alaíde Damo (MDB) que permite que o Executivo defina a quantidade de vans para o serviço a partir de um decreto.
As reclamações começaram com o vereador Vladimilson Garcia, o Bodinho (PRP) que ficou irritado com o Governo por enviar a Mensagem sem conversar com a categoria. “O diálogo é necessário, a democracia é desse jeito. Essa mensagem não é boa para a categoria que não pode conversar sobre ela. Vamos dar um cheque em branco para o Governo colocar quantas vans quiser”, falou o legislador.
A sessão ficou interrompida por 40 minutos enquanto os vereadores estavam reunidos com os representantes dos motoristas de vans escolares. Na metade da reunião alguns parlamentares deixaram a sala de reuniões e depois retornaram com uma série de reclamações. Integrantes do Poder Executivo tentaram apaziguar os ânimos, mas o bate-boca se seguiu.
Bodinho chegou a pedir o adiamento da Mensagem Aditiva por quatro sessões. Na votação do pedido houve uma nova polêmica. A princípio os vereadores aprovaram o adiamento, mas o líder de governo, Adelto Cachorrão (Avante), pediu revisão dos votos e 16 dos 23 vereadores foram contra o adiamento.
Ricardinho da Enfermagem (PTB) pediu adiamento do projeto por quatro sessões e Admir Jacomussi (PRP) pediu vistas por 10 dias, ambas negadas. Por fim, o projeto com a mensagem foi aprovado por 16 votos sim e seis votos não. Na próxima sexta-feira (16), acontecerá uma reunião entre os representantes do Governo, vereadores e a categoria. A segunda votação acontece na próxima terça-feira (20).