Orosco reclama de articulações políticas em seu processo no TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira (13), o processo de Junior Orosco (PDT) para validar os 30,6 mil votos conquistados nas eleições de 2018 para deputado federal. Em entrevista ao RDtv nesta segunda-feira (12), o pedetista alega que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) e o deputado Orlando Silva (PCdoB) articulam para evitar sua vitória na Justiça. Além disso, criticou a gestão de Alaíde Damo (MDB) em Mauá.

Orosco afirma que não pretende disputar o comando da Prefeitura de Mauá (Foto: Amanda Lemos)

Orosco alega que teve seu mandato “roubado” por Maia e Silva, que segundo o mesmo, estão trabalhando nos bastidores para a manutenção da inelegibilidade por causa da Lei da Ficha Limpa, algo que o pedetista considera que é uma mudança de jurisprudência, pois apontam problemas da época em que trabalhava na Sama (Saneamento Básico de Mauá), há nove anos, ou seja, um ano além do limite imposto pela lei para ficar sem os direitos políticos.

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“O relator do caso, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto utilizou 95 páginas para falar que eu estava inelegível, mas se ele realmente quisesse apontar isso ele precisaria apenas de uma frase. Foi um absurdo o que ocorreu”, explicou. Além de Carvalho Neto, os ministros Luís Roberto Barroso e Sérgio Silveira Banhos também seguiram com o relatório.

Edson Fachin acabou pedindo vistas e dará seu voto nesta terça. “O ministro Fachin é conhecido por ser técnico e correto sobre suas decisões, tenho certeza que ele não se deixará influenciar por essas manobras que são feitas”, disse Orosco. Rosa Weber, Jorge Mussi e Og Fernandes são os demais ministros que ainda vão votar no caso.

Se Junior Orosco conseguir virar o jogo no TSE, terá seus votos válidos e será eleito deputado federal, entrando no lugar de Orlando Silva. “Tem muitas pessoas que estão me cobrando e eu já tive todo esse tempo (seis meses) roubados. Não pude votar na reforma da Previdência, não votei em outras matérias importantes”.

Desculpas

Junior Orosco fez duras críticas contra o governo da prefeita de Mauá, Alaíde Damo. Durante a entrevista chegou a dizer apesar da tranquilidade política com o acordo feito entre Executivo e Legislativo, a cidade ainda terá “muitas bombas relógio para estourar”, mas prefere que a emedebista cumpra o mandato até o fim para evitar novas crises.

Lembrado de ter articulado o nome de Alaíde para a chapa com o ex-prefeito Atila Jacomussi (PSB), o pedetista chegou a pedir desculpas para a população. “Tem gente que foge das responsabilidades, mas eu não. Peço desculpas ao povo de Mauá, errei ao indicar o prefeito e a vice, não imaginava o que eles poderiam fazer com a cidade”.

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