Após ver seu pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde não virar pauta na primeira sessão da Câmara de São Bernardo, na semana passada, o vereador Julinho Fuzari (Cidadania) entrou nesta segunda-feira (12), com um pedido de liminar para emplacar a investigação no Legislativo e revogar o limitador de comissões aprovada pela maioria dos parlamentares.
“Houve uma manobra na semana passada e isso ficou claro para todo mundo. Até o recesso não tinha nenhuma discussão sobre CPI por parte da base governista e depois aprovaram duas. Já estava com a CPI da Saúde protocolada e ela deveria ser debatida primeiro. Se não entrar é um sinal de que estão rasgando a constituição”, explicou o legislador.
A CPI da Saúde conquistou as 10 assinaturas mínimas para entrar em pauta ainda no recesso. Os cinco vereadores do PT (Ana Nice, José Luis Ferrarezi, Antônio Carlos da Silva, Tião Mateus e Joilson Santos), dois do Cidadania (Fuzari e Dr. Manoel), Rafael Demarchi (PRB), Mauro Miaguti (DEM) e José Alves da Silva, o Índio (PL) assinaram o protocolo.
Na sessão da última quarta-feira (7), a proposta de CPI não conquistou as 15 assinaturas necessárias para ser analisada em regime de urgência, algo que ocorreu nos pedidos de investigação sobre a concessão do estádio 1º de Maio e os investimentos em áreas da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia Elétrica) na cidade.
“Todos sabem que essa CPI da Emae não vai acontecer, pois a Câmara não tem esse poder de investigar algo que é do Governo do Estado”, disse Fuzari. Com as duas comissões aprovadas, a que quer investigar supostas irregularidades na área da Saúde ficou de fora por causa da aprovação do limitador. A expectativa é que a Justiça responda sobre a liminar até a próxima quarta-feira (14).