Clima bom para negócios
Há pelo menos dois anos só se fala de crise, com cortes em todos os segmentos da economia. As empresas fizeram cortes nas finanças, demitiram e adiaram investimentos. Os governos, por sua vez, fizeram planos de austeridade nos orçamentos para fazer frente à redução na arredacação. Agora, parece que uma luz acendeu no fim do túnel.
Algumas empresas já anunciaram investimentos. Montadoras automobilísticas, como Scania, Mercedes-Benz e Volkswagen, são alguns exemplos. No varejo, o retorno do empresário Michel Klein ao controle do grupo Via Varejo, que comanda a Casas Bahia e o Ponto Frio, aumenta, e muito, a possibilidade de ganhos importantes para São Caetano, com a transferência do segmento de vendas on-line para a matriz, que fica na cidade.
Ainda há muito para semear e compensar o terreno perdido. A falta de dinheiro dos governos ainda impede investimentos importantes. O tão esperado monotrilho da linha 18 – Bronze vai ser transformado em BRT (Bus Rapid Transit), um corredor de ônibus mais moderno do que os que se têm hoje com a Metra, mas ainda assim inferior em qualidade, velocidade e capacidade, se comparado ao projeto anunciado há mais de uma década.
Como compensação pelo corte do monotrilho, o governo anunciou a proposta de modernizar a linha 10 – Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), entre Rio Grande da Serra e Brás, e fazer, num futuro ainda distante, a linha 20 – Rosa, entre Rudge Ramos, em São Bernardo, e o bairro da Lapa, na Capital. A linha de trens já recebeu outros trens que, de fato, são um pouco mais modernos, mas não são novos. Têm quase 10 anos de uso.
Situação mais grave e que precisa ser combatida é o racismo. Estudo apresentado pelo Observatório de Políticas Públicas da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) revela que o empreendedor negro é tratado de forma diferente do branco na hora de buscar recursos para investir na empresa. Isso precisa acabar, pois somos todos iguais.
Mas alguns bons ares sopram na economia. A Lei do Distrato, publicada em dezembro de 2018, trouxe otimismo ao setor da construção civil. Apesar de efeitos ainda tímidos, a mudança gerou expectativa aos empresários, pois a lei trouxe segurança na relação entre as construtoras e os compradores. Agora é torcer para que as coisas melhorem de fato para que a roda da economia volte a girar.
Boa leitura!