Nesta sexta-feira (14/6), dia de greve geral, cerca de 65 mil trabalhadores interromperam as atividades para participar da mobilização, conforme contagem do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O ato mobilizou trabalhadores contra a reforma da Previdência, desemprego e outras reivindicações. A mobilização atingiu 98% das fábricas do sindicato, que inclui São Bernardo, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Ao menos cinco montadoras também paralisaram as atividades, entre elas a Mercedes-Benz e a Volkswagen.
Desde as primeiras horas desta sexta-feira (14), o presidente da categoria, Wagner Santana, o Wagnão, esteve nas portas das montadoras acompanhados do presidente da CUT, Vagner Freitas, do secretário-geral da Central, Sérgio Nobre, e do ex-presidente do Sindicato e ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho. Wagnão seguiu para empresas de São Bernardo e Diadema para acompanhar a paralisação.
“Essa é a nossa demonstração de contrariedade a essa reforma que acaba com seu direito de aposentadoria. Depois de décadas de trabalho e sofrimento você não terá direito a aposentadoria decente. Querem que nós trabalhadores estejamos sujeitos a esse tipo de trabalho insalubre até os 65 anos de idade, isso é humanamente impossível. Não concordamos!”, explicou Wagnão.
Na Mercedes-Benz, a adesão à greve geral na região foi total. “A fábrica que deveria ter 11 mil pessoas trabalhando, ficou vazia. Toso estão em luta”, garantiu o coordenador do comitê sindical dos trabalhadores da montadora, Max Pinho. Na Volkswagens a adesão também foi total.