Ao comentar o vazamento de conversas entre o então juiz federal e agora ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o promotor de justiça Daltan Dellagnol, um dos responsáveis pela Operação Lava Jato, o ex-prefeito de São Bernardo e presidente estadual do PT, Luiz Marinho, afirmou que a situação divulgada pelo site The Intercept Brasil pode trazer a nulidade da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ainda defende que tenha o cancelamento do resultado da eleição presidencial de 2018.
Quando questionado, Marinho afirmou que os vazamentos das conversas entre Moro e Dellagnol apenas corroboram com toda a tese defendida por Lula e os petistas sobre uma suposta parcialidade nas investigações e no julgamento que levou o ex-chefe da Nação para trás das grades.
“Um processo de combate à corrupção não pode estar maculado em rasgar a Constituição e atropelar toda a Constituição, todos os códigos seja penal ou seja em especial a nossa Constituição. Ela não pode ser em um conluio do jeito que ele foi feito pelo ex-juiz Sérgio Moro e o Dallagnol e companhia limitada”, explicou o ex-prefeito.
Mesmo sem o conteúdo completo que está em posse dos jornalistas do The Intercept Brasil e que ainda envolvem outros nomes do Judiciário brasileiro, como o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, Luiz Marinho considera que existem razões para anular todo o processo da Lava Jato.
“Agora, se o STF vai fazer isso ou não é outra coisa, pois, já não sei por que ultimamente as coisas não estão sendo tão normais como deveriam ser. Os interesses escusos que são colocados muitas vezes que às vezes impedem o interesse normal aconteça. Agora, materialidade para dar a nulidade de todo o processo, há e nós, portanto, falamos o seguinte: o que está colocado é necessário que o Supremo debruce sobre isso e a primeira ação para se fazer é libertar o presidente Lula”, comentou.
O ex-chefe do Executivo de São Bernardo considera que Sérgio Moro e Daltan Dellagnol devem ser punidos se possíveis irregularidades forem comprovadas. Além disso, considera que os mesmos vazamento dariam a justificativa para anular o processo eleitoral que culminou na vitória de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente.
“Há uma fraude eleitoral colocada, portanto, há materialidade para a nulidade do processo e chamada de um novo processo eleitoral presidencial. Não só o (Fernando) Haddad (PT), mas todos os outros candidatos foram altamente prejudicados, principalmente o Haddad”, completou.
Quando indagado sobre a reação de Lula sobre o assunto, Marinho foi direto. “Ele disse: ‘Nenhuma novidade para mim’”. “Nós temos pressa para resolver essa situação. Sabemos que (o Judiciário vai entrar) terá o recesso e nós não temos pressa. Vamos provar tudo o que ocorreu”, finalizou.