Menos de 24 horas depois da polêmica sessão da Câmara de Santo André que aprovou a autorização para a concessão do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) para a Sabesp, o prefeito Paulo Serra (PSDB) repudiou os atos de violência que ocorreram durante os trabalhos. Nesta quarta-feira (12), o tucano fez críticas a oposição e considerou que os lamentáveis atos foram “premeditados”.
“Nós estamos chegando a 2020 e não podemos admitir qualquer tipo de violência contra a mulher, ainda mais dentro da Casa de Leis. Meu sentimento sobre isso é de indignação, de revolta. A Casa de Leis ela tem que dar exemplo. O debate político, a discordância do caminho que estamos traçando para resolver um problema histórico da cidade, apesar de nunca a oposição ter oferecido uma alternativa, o debate sempre foi muito raso, muito vazio, de ser contra, por ser contra ninguém deu alternativa. Ele (o debate) é legítimo mesmo que não tenha conteúdo do outro lado, ele é legitimo. Agora, violência contra a mulher, premeditado da forma que ocorreu só podemos lamentar ainda mais acontecendo dentro de uma Casa de Leis que tem ser exemplo”, disse o prefeito.
O caso relatado é de Regina Cesar que acabou vítima de violência durante a sessão, fato que acarretou na troca de socos entre manifestantes pró e contra a proposta do Executivo. Regina foi até o 1º DP de Santo André, nesta quarta-feira, para lavrar o Boletim de Ocorrência. Abalada, no início da noite foi atendida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Perimetral, na região central. A expectativa é que a vítima utilize da Tribuna Livre da Câmara nesta quinta-feira (13), para tratar do assunto.
Próximos passos
Com o projeto aprovado, Paulo Serra fará a sanção do mesmo até o final desta semana. O objetivo é que na semana que vem a Sabesp faça a proposta oficial sobre os investimentos que pretende fazer na cidade. Depois disso, todo o plano será colocado para consulta pública por 30 dias e passará por mais uma audiência pública antes de sua assinatura, que caso tudo esteja acordado entre as partes, possa ocorrer em agosto.
“(A aprovação do projeto) para a cidade é fundamental. Nós temos hoje a perda de capacidade de investimento na modernização da rede, em uma qualidade de distribuição de água que tá ligado diretamente ao endividamento que ocorreu nestes últimos 20 anos e com essa autorização temos agora um mecanismo para resolver esse problema de 20 anos, um problema crônico e o produto para resolver essa questão da dívida é exatamente voltar a ter o abastecimento de água com a qualidade que a nossa gente merece”, explicou o chefe do Executivo.