“Estava ficando feio para o Legislativo”, foi assim que o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT) resumiu o imbróglio das votações que culminaram na aprovação de suas contas em relação aos anos de 2015 e 2016, durante a sessão desta quarta-feira (12). Para o petista, houve uma “orientação estranha” para a reprovação das mesmas.
Agradecendo aos servidores públicos de sua época e também aos vereadores que votaram para aprovar ou que se abstiveram da votação, Marinho considera que o mais importante de toda a situação é fazer com que a Câmara consiga retomar os trabalhos após cinco sessões com a pauta travada.
“Finalmente prevaleceu o bom senso de deixar tramitar (as contas) e eu fico satisfeito pela aprovação das contas e poder dar vida natural ao Legislativo de São Bernardo para que possa aprovar os projetos que a Administração possa submeter ao legislativo e criar normalidade na cidade”, justificou.
O petista afirmou que estranhou a informação de que a possibilidade de rejeição das contas estava atrelada diretamente a possibilidade de ser candidato ao comando do Poder Executivo, em 2020, mesmo sem um posicionamento oficial de sua parte sobre o assunto. “Muitas pessoas chamam para participar (da eleição), então é uma possibilidade avaliar”.
Tentando criar um clima de calmaria, Luiz Marinho afirmou por diversas vezes que não fez nenhuma pressão nos vereadores que faziam parte de sua base aliada para aprovar as contas e não considera que a votação desta quarta possa impedir qualquer aliança no pleito do próximo ano.
Entre os ex-aliados de Marinho, dois se abstiveram da votação, Mauro Miaguti (DEM) e Rafael Demarchi (PRB), e um votou para a aprovação, José Alves da Silva, o Índio (PR).