O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), registrou deflação em maio, com queda de 0,61%. O resultado contribuiu para desacelerar o acumulado do ano, que está em alta de 3,04%.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, o IPS registrou um aumento de 7,82%, ainda refletindo os efeitos da quebra de safra do feijão, em 2018, que registrou em uma alta de mais de 100% no preço nas gôndolas, e do dólar que permaneceu em patamares acima de R$ 4,00 por um longo período.
Feijão
As safras dos meses de abril e maio no Brasil foram muito proveitosas e resultaram no aumento da oferta no mercado interno. O preço do quilo do feijão começa a atingir os patamares anteriores à quebra de safra no Paraná e é comercializado a R$6 o quilo em algumas regiões do Brasil.
Carnes
Com o dólar ainda em alta, as exportações seguem influenciando os preços das carnes no geral. O grupo de aves registrou alta de 2,60% em maio e, no ano, elevação de 5,74%, principalmente impulsionado pelo preço do frango, que subiu 3% em 2019. Já a carne suína apresentou queda de 1,38%, mostrando que o aquecimento do mercado chinês apresentado em abril não se repetiu em maio.
Hortifrutigranjeiros
Entre as frutas com maior peso, a laranja caiu 6% em maio. A safra deste ano começou boa, com uma colheita 36% maior que a de 2018, e isso indica que seu o valor deve cair ainda mais ao longo do ano. A maçã é outra fruta que, pelo mesmo motivo, teve redução no preço e caiu 7,3%.
Em relação ao tomate, a colheita da safra de inverno foi intensificada em maio, o que gerou a queda de preços pela oferta maior do produto. A deflação do tomate foi de 22,1% em maio, a maior para um mês desde 2010. A tendência é que o produto siga em queda, mas em patamares bem menores.
Outro produto muito consumido pelo brasileiro que também apresenta queda no preço é a cebola. A hortaliça entrou em processo de safra, o que fez as importações da Argentina diminuírem e, consequentemente, o valor do produto caiu 5,56% nas gôndolas dos supermercados.
