As conversas entre as legendas e os pré-candidatos ao comando das prefeituras já começou mesmo faltando 16 para o pleito eleitoral. O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD/SP) e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Martinha (SD), conversaram com o prefeito andreense, Paulo Serra (PSDB), nesta sexta-feira (31), em busca de uma aproximação para as eleições de 2020.
“Estamos com uma aproximação com o Governo, junto com o Martinha que marcou uma conversa com ele (Serra), de aproximação, de juntar forças aqui em Santo André. Foi o primeiro encontro. Vamos trabalhar para caminhar juntos”, explicou o parlamentar que é presidente nacional do Solidariedade.
Apesar de ter liderado o primeiro encontro, ficará nas mãos de Cícero Martinha a possibilidade ou não de uma coligação entre as legendas no município. O sindicalista afirmou que o primeiro encontro sobre o assunto “foi positivo” e que outras reuniões serão realizadas nos próximos meses para saber da real possibilidade da união entre os partidos. Martinha é cotado para a disputa do Paço.
O Solidariedade não é o único partido com pré-candidato que pode se unir a Serra, outra legenda que ventila essa possibilidade é o PRB. Segundo fontes republicanas existem três possibilidades para o partido. Apostar no nome do ex-secretário Nilson Bonome, ou no ex-deputado José Bittencourt ou apoiar a reeleição do chefe do Executivo de Santo André.
Governo Federal
Quando questionado sobre a relação entre o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o Congresso Nacional, Paulinho da Força não escondeu as críticas a gestão que considera que esteja “perdida” e que “não tem plano ou projeto para tirar o país da lama que está”. O sindicalista não acredita que o pacto entre o Executivo, a Câmara Federal e o Senado dará algum efeito positivo.
“Eu não acredito em pacto entre os poderes. Pacto, no meu ponto de vista, tinha que envolver os empresários e especialmente os trabalhadores, aqueles que trabalham, aqueles que produzem para tirar o país do buraco que estamos. O Brasil já está em recesso, nós tivemos uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre (0,2%) e vãos ter uma queda no segundo trimestre), o qual o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mede lá na frente nós sentimos agora”, disse o deputado federal.
Paulinho não considera que a Reforma da Previdência tirará o Brasil da crise econômica, comparando a proposta com a Reforma Trabalhista, que na sua visão, não gerou empregos. O parlamentar tenta emplacar no projeto previdenciário uma emenda que mantém professores e trabalhadores rurais no atual sistema.
Tenta reduzir a idade mínima para aposentadoria para 62 anos para homens e 59 para mulheres. Além disso, quer o período de transição seja de 30%, ou seja, o trabalhador que ainda tem que trabalhar, por exemplo, por mais 10 anos para se aposentar, teria que contribuir por mais três anos para conseguir o benefício.
Fake News
Outra iniciativa que Paulinho da Força quer tirar do papel é uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre as Fake News. O parlamentar também pretende emplacar um projeto de lei que visa regulamentar ferramentas para combater as notícias falsas que são divulgadas pelas redes sociais ou pelos aplicativos de troca de mensagens. O deputado não esconde sua crítica “aos robôs do Bolsonaro” que segundo o mesmo chegaram a divulgar notícias inverídicas ao seu respeito no início desta semana.