Os lojistas que apostam no Dia dos Namorados (12 de junho) para melhorar as vendas vão precisar de criatividade se quiser ter bom resultado. A Pesquisa de Intenção de Compra (PIC), realizada com consumidores da região, aponta queda real (descontada a inflação) de 12% no valor do presente e na movimentação financeira. O preço médio que os namoradores estão dispostos a pagar por presente é de R$ 161 (era R$ 174 no ano passado).
Já o volume comercial é projetado em aproximadamente R$ 66,6 milhões. Considerados os gastos com mais de um presente, o ticket chega a R$ 196. Na pesquisa de 2018, o total correspondia a R$ 235. Houve, assim, queda de 20% em termos reais, já descontada a inflação no período de 4,94% (até abril último).
Moisés Pais dos Santos, professor de Ciências Econômicas e pesquisador do Observatório Econômico, responsável pelo estudo, ensina o lojista observar o desejo do consumidor. “Além disso, vale pensar em promoção, sorteio e até viagem”, diz. O pesquisador afirma que essas medidas não vão resolver totalmente, mas podem ajudar nas vendas. “Sempre tem o que fazer, como oferecer produtos com diferenciais, identificar a necessidade do consumidor, apostar no atendimento e não ir só no básico”, completa.
Na pesquisa, os presentes mais procurados para os namorados devem ser vestuário (39%), perfumes/cosméticos (17%), joia e bijuteria (8%), cesta de café da manhã/doces (7%), flores (6%) e livros (4%). Os shoppings continuam como os locais preferidos para compra (50%), seguidos do comércio formal do centro da cidade (20%), internet (16%) e lojas de bairro (5%).
Realizada entre os dias 3 e 17 de maio, com 630 consumidores, das sete cidades do ABC, a pesquisa também revela que os entrevistados deverão presentear em primeiro lugar o namorado (31%), seguido da namorada (22%), marido (21%), esposa (14%), noivo (5%), noiva (3%), amiga (2%) e amigo (1%). O pagamento com cartões de crédito (40%) preferência por formas de pagamento é liderada pelos, seguidos de débito (34%), pagamento em dinheiro (24%) e cartão de loja (2%). Por faixa de renda, 64% dos entrevistados ganham até cinco salários mínimos.
O professor diz que a situação hoje do País tem refletido muito nas datas comerciais, como no Dia das Mães, que também não foi positivo para muitos lojistas. “Considerando a atual conjuntura econômica e política e a revisão contínua do Produto Interno Bruto para baixo, este Dia dos Namorados terá queda significativa nas vendas, pois reverte tendência de recuperação ao longo do biênio 2017-2018”, completa.