A Prefeitura de Mauá e o Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserv) realizaram reunião para as negociações do reajuste salarial do funcionalismo. Segundo informações da entidade sindical, representantes da prefeita Alaíde Damo (MDB) ofereceram 4%, enquanto os integrantes do sindicato querem 7%. Uma assembleia no dia 29 colocará a proposta em votação.
Além dos 4% de reajuste, o governo também ofereceu R$ 16 de reajuste no auxílio alimentação. A proposta foi considerada baixa pelo Sindserv, que relembrou que desde abril de 2017 o funcionalismo não conta com alguma correção nos vencimentos e que a propositura do Paço não contempla as perdas salariais. O sindicato já apresentou contraproposta para que um reajuste de 7% seja pago em duas parcelas.
“Acho difícil que a nossa categoria aprove essa contraposta de 4%, que mal cobre a metade das nossas perdas”, diz o presidente do Sindserv Mauá, Jesomar Alves Lobo. “Quem vai decidir são os trabalhadores que participarem da assembleia geral e o que for decidido terá força de lei”, completa.
Segundo o comando do sindicato, durante a reunião de negociação foram exploradas diversas opções e formato para contemplar da forma mais razoável a todos os trabalhadores, sem desconsiderar a situação financeira do município. O governo se comprometeu em reavaliar e uma nova rodada está agendada para a próxima segunda-feira (27).
Durante o encontro que contou com o secretário de governo, João Veríssimo Fernandes; de Finanças, Valtermir Pereira; Administração, Paulo Roberto Cordeiro; e de Justiça, Rogério Cavanha Babichak, a administração pública considerou o pagamento do reajuste do pagamento a partir de maio, algo já refutado pelo Sindicato.
“Nós encaminhamos a pauta no dia 13 de fevereiro e esse tempo foi mais do que hábil para negociar, mas se eles preferiram atrasar as negociações, não podem descontar isso no direito dos trabalhadores de terem a correção a partir de 1º de abril, como sempre foi feito em Mauá”, completou o presidente do Sindserv.
Santo André
Os servidores públicos de Santo André aprovaram o estado de greve a em assembleia realizada nesta quinta-feira (23). Segundo o Sindserv, o governo andreense cogita o parcelamento da inflação, em duas vezes, e se recusa a dar qualquer aumento real. “Além disso, essa reposição seria apenas nos salários e não nos demais benefícios como cesta básica, auxílio creche, entre outros”, completa o dirigente.
Na próxima terça-feira (28), nova assembleia será realizada no Paço, às 18h, com a possibilidade de que seja definido o movimento grevista que convocará uma paralisação a partir da próxima quinta-feira (30).