A Polícia Federal, a Polícia Militar Ambiental, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o MPF (Ministério Público Federal) deflagraram quinta-feira (23/5) a Operação Urutau, para desarticular uma quadrilha que praticava o tráfico ilícito de animais silvestres. Mandatos de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Goiânia, Mato Grosso, Minas Gerais e Pará. Santo André está entre as cidades paulistas alvo da operação que chegou também a Vinhedo, Arujá, Guarulhos, São Paulo, Guarujá e Januário.
Eram comercializadas espécies da fauna silvestre protegidas de extinção, tais como: Macaco-prego, Arajuba, Arara-canindé, Arara-vermelha, Tucano-toco e Papagaio-verdadeiro. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 14 mandados judiciais de prisões cautelares (9 prisões preventivas e 5 prisões temporárias.
De acordo com as investigações, os traficantes de animais os vendiam com notas fiscais falsificadas ou sem emissão de documento fiscal. Eles também os ofereciam à venda em redes sociais e sites na internet, assim agindo em todo o território nacional. Os animais eram mantidos em cativeiros e transportados em péssimas condições de higiene, configurando maus tratos. Os criminosos cobravam entre R$ 500 e R$ 7 mil por aves e mamíferos cujo valor, quando comercializados por criadores devidamente autorizados, pode alcançar até R$ 50 mil.
O nome Urutaus, usado na operação é inspirado nas aves noturnas e que utilizam bem a sua plumagem para se camuflar, confundindo-se com o ambiente.