Após oito anos de debate, a Secretaria Estadual de Saúde oficializou a descentralização da entrega de remédios de alto custo na região. Em ato realizado nesta segunda-feira (20), na unidade de Poupatempo, em São Bernardo, foi divulgados os detalhes da ação que funcionará como projeto piloto. O secretário de Saúde, José Henrique Germann Ferreira, também afirmou que o Estado já resolveu os problemas referentes a falta de remédios, algo que transformou em rotina as reclamações no Hospital Estadual Mário Covas.
Foram investidos R$ 150 mil no espaço que contará com oito guichês e 21 atendentes que realizaram a prestação do serviço no Poupatempo a partir desta terça-feira (21). Os cerca de 13 mil pacientes de São Bernardo serão avisados sobre quando podem ir até o novo equipamento para retirar os medicamentos. O Governo do Estado vai disponibilizar mais R$ 594 mil, divididos em nove parcelas, para a manutenção do local.
“Essa é uma questão de respeito com aqueles que precisam deste tipo de medicamento. Sabia dos problemas, mas não conhecia a farmácia do Mário Covas, realmente muitas pessoas são atendidas e lá o local não comporta receber tanta gente. Essa foi uma das primeiras demandas que falei com o governador João Doria (PSDB) logo depois que ele ganhou a eleição”, disse o prefeito Orlando Morando (PSDB).
A nova farmácia funcionará por 90 dias como um projeto piloto e logo após este período será feita uma avaliação para a instalação de novos locais. Santo André e São Caetano estão em compasso de espera para que também possam ser agraciadas com a descentralização. “É bom lembrar que este pleito não é apenas para descentralizar, mas também para manter o atendimento no Mário Covas”, completou o secretário executivo do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Edgard Brandão.
Germman também garantiu que já está avançado o projeto para que as entregas destes remédios sejam realizadas na casa dos pacientes. Atualmente 30% da distribuição já é realizada nesta forma, mas não há uma data para que isso ocorra no ABC.
Reclamações
Nos últimos meses aumentaram as reclamações de falta de alguns remédios de alto custos que são distribuídos na região. A promessa de Germann é que até o final de junho seja restabelecido o estoque, mas a fala é sobre aqueles que são comprados diretamente pelo Governo do Estado que é responsável por um terço do valor investido, o restante é de responsabilidade do Governo Federal por intermédio do Ministério da Saúde.