Dois dos seis deputados estaduais com base no ABC, Carla Morando (PSDB) e Thiago Auricchio (PR), estão participando de um grupo de parlamentares que querem a manutenção do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 em São Paulo. Nesta semana, ambos se encontraram com o prefeito da Capital, Bruno Covas (PSDB), para ratificar a posição mesmo após a aprovação da Câmara paulistana da autorização para que a Prefeitura possa privatizar o autódromo José Carlos Pace, em Interlagos.
Etapa brasileira da Fórmula 1 virou disputa Rio x São Paulo
A movimentação dos deputados estaduais paulista acontece após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) garantir que um autódromo seria construído em um terreno que pertence ao Exército, em Deodoro, no Rio de Janeiro, e que a etapa voltaria para a Cidade Maravilhosa após 30 anos. E que a manutenção da Fórmula 1 no Brasil seria graças a sua eleição, pois, anteriormente a Liberty Midia, dona da categoria, não queria se manter no país, segundo o chefe da Nação.
Atual contrato com São Paulo vai até 2020
O que não foi lembrado pelo presidente é que o atual contrato entre a cidade paulista e a Liberty vai até 2020 e que desde 2016 há conversas para uma renovação. A única questão para se definir é o tempo válido do futuro acordo, se seriam cinco ou sete anos.
Terreno carioca apresenta problemas
Além disso, o terreno citado por Bolsonaro apresenta uma série de problemas que atrasariam (no mínimo) uma construção de um autódromo. A área era usada pelo Exército como um “depósito” de armas e outros artefatos que seriam utilizados durante a Segunda Guerra Mundial. Nos anos 1950, um incêndio culminou em uma explosão que espalhou uma série de bombas, o que transformou o local em um verdadeiro campo minado.
Local também tem questões ambientais
Logo após ser fechado, a natureza “aprontou das suas” e ao longo do tempo transformou o local em uma rara área de mata atlântica, ou seja, para uma construção seria necessária uma autorização ambiental, o que seria difícil, pois, há espécies raras de animais e plantas na área. Bolsonaro até o momento não citou mais nada sobre este assunto após os pontos acima apresentados.