Ainda estamos longe de sair da crise econômica. Sem planos em âmbito nacional e com projetos que não foram aprovados no Congresso Nacional ou não foram debatidos, como o Pacto Federativo, os municípios se viram como podem para aumentar a arrecadação, sem sangrar ainda mais a população e os pequenos empresários. Programas de parcelamento para o pagamento de impostos devidos, como o ISS (Imposto Sobre Serviços), são utilizados pelas prefeituras para obter o que é de direito. Mas, com oportunidade para que os inadimplentes possam quitar a dívida e continuar a pagar as alíquotas em dia, além das demais contas.
Claro que o Brasil precisa urgentemente tratar da reforma tributária e fazer com que os impostos realmente sejam usados com a finalidade de investir nos serviços básicos e ofereça qualidade para a população. O imposto é um pagamento adiantado pelos serviços, chamados saúde, educação, segurança e tantos outros, que devem chegar ao povo da melhor maneira possível.
Também é necessário que todos possam entender isso. Todos têm de parar de falar em impostos apenas quando percebem que tiveram algum problema com um serviço público prestado. Mas cobrar todos os dias para que os tributos sejam, realmente, usados para o melhor fim possível.
O momento não está fácil para ninguém. O emprego não surge como imaginávamos, as questões político-partidárias estão colocadas à frente das político-sociais, e a luz do fim do túnel está longe de aparecer. Ideias que possam ser válidas para todos são o melhor caminho para conseguir fazer com que os municípios “andem”, mesmo que devagar. Enquanto isso, é preciso cobrar daqueles que têm o poder político para mudanças e insistir em uma forma de tirar todos do fundo do tenebroso poço em que estamos.