No dia 17 de maio de 1990, a homossexualidade foi retirada da classificação internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde, uma vitória da comunidade LGBT na conquista por direitos. Nessa mesma data, atualmente, é comemorado o Dia Internacional de Luta Contra a LGBTfobia e, em todo mundo, manifestações e atos contra o preconceito marcam a data.
Em Diadema, a Associação Viva a Diversidade LGBT organiza Aula Pública de Combate a LGBTFobia, nesta sexta-feira (17/5), na Praça da Moça, a partir das 18h30. A aula tem como objetivo debater o preconceito e a discriminação de LGBTs na cidade e na região do ABC, além de conscientizar sobre a importância do combate à homo e a transfobia. Psicólogos, advogados e representantes do movimento fazem parte dos convidados para debater o preconceito em todas as esferas. O grupo Mães pela Diversidade também estará presente para tratar do acolhimento e aceitação de filhos e filhas LGBT nas famílias. Além dos debates com a população, a aula conta com apresentações musicais de Reper Pabs e das drag queens Luanna Rangell e Issabelly Volpi.
De acordo com Robson de Carvalho, presidente da Associação, o lema da campanha deste ano – Ninguém solta a Mão de ninguém. Se fere nossa Existência, seremos Resistência! – busca chamar toda a população, LGBT ou não, para o enfrentamento destas questões com objetivo de transformar a cidade em um lugar mais acolhedor e menos violento para a população LGBT, que enfrenta níveis alarmantes de violências físicas e doenças psicológicas, como a depressão.
De acordo com dados da ONG Transgender Europe, divulgados em novembro de 2018, o Brasil segue como líder no ranking de países que mais matam transexuais no mundo e, de acordo com pesquisa realizada pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, a chance de suicídio em jovens homossexuais é cinco vezes maior do que nos heterossexuais. “A ideia é chamar toda a população contra qualquer tipo de discriminação […] essas são questões que nos preocupam muito”, afirma o ativista.
Desde dezembro de 2016, Diadema conta com a data do Dia Municipal de Combate à Homofobia no calendário oficial da cidade, por meio da lei municipal nº3.632. No entanto, de acordo com Carvalho, ainda faltam ações promovidas pelo poder público para o combate ao preconceito contra essa parcela da população. “Queremos cobrar e fazer valer a execução dessa lei”, declara. A Associação também pleiteia a criação de um conselho municipal da diversidade e da coordenadoria LGBT para elaboração de políticas públicas que englobem essa comunidade.
Questionada, a Prefeitura informa que as Secretarias de Cultura e Assistência Social e Cidadania trabalham para a adequação da mesma bem como a implementação de um conselho municipal.
Palestra em Ribeirão Pires
Em Ribeirão Pires, o Cras – Centro de Referência de Assistência Social Quarta Divisão realizou nesta quarta-feira (15/05), palestra sobre diversidade para 62 alunos do 1º ano do Ensino Médio e 8º ano do Ensino Fundamental.
A palestra integrou a programação do mês de Combate à LGBTfobia, celebrada no dia 17 de maio, e foi ministrada por Vitor de Oliveira Lopes, dirigente da unidade de Gênero e Diversidade da SPAIS – Superintendência de Política de Atenção Integral à Saúde, com temas sobre orientação sexual, garantia de direitos, igualdade social, LGBT+, vínculos familiares, uso do nome social no município entre outros.