Profissionais da educação realizaram manifestações na região do ABC, nesta quarta-feira (15), todas ligadas a greve nacional convocada por entidades sindicais por todo o país contra os possíveis cortes no orçamento das universidades federais, fato anunciado pelo Governo Federal. Na região, outras pautas foram incluídas como a reforma da previdência.
Em São Bernardo, a manifestação começou com uma concentração na praça Santa Filomena, na região central. Na sequência houve uma caminhada até o Paço. Com discursos de representantes do Sindserv (Sindicado dos Servidores Municipais) e do Sinpro ABC (Sindicato dos Professores), cerca de 400 pessoas também pediam a redução da jornada de trabalho para auxiliares e professores.
Os profissionais da educação tentaram entrar na Câmara para continuar o protesto durante a sessão. Cerca de 50 conseguiram acessar as galerias da Casa. Os demais seguiram para a avenida Lucas Nogueira Garcez, e fecharam a maior parte das pistas, deixando apenas uma para os carros e ainda liberando a linha do trólebus.
Por volta das 11h, cinco representantes do grupo foram recebidos pelo presidente da comissão de Educação, Cultura e Esportes, Eliezer Mendes (Podemos). 30 minutos depois, os educadores se prepararam para seguir para o vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), local da principal manifestação.
Em Diadema, o mesmo cenário. Liderados pelo Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) realizaram uma caminhada pela linha do trólebus desde a sede da entidade regional. Uma primeira parada foi feita nas escadarias da Igreja Matriz e na sequência seguiram até as proximidades do Terminal Metropolitano. Após uma série de discursos, todos seguiram para São Paulo.
No caso de Santo André, uma “aula” foi realizada no calçadão da Oliveira Lima. Dirigentes do Sindserv local falaram sobre os temas que estão em voga no protesto, principalmente em relação aos cortes no orçamento das universidades federais. Outros sindicatos também convocaram educadores para participar do protesto na Capital, mas não realizaram atos nas demais cidades.
Até o momento foram registrados protestos em quase 170 cidades por todo o país. As capitais serão os principais pontos de encontro dos educadores. Enquanto isso, em Brasília, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi convocado pelos deputados federais para dar explicações sobre os possíveis cortes que podem chegar a 35%.
Na noite da última terça-feira (14), membros do PSL chegaram a garantir que o Governo Federal teria desistido do contingenciamento, mas a informação não foi confirmada por nenhum membro do governo. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) está no Texas (EUA) para receber uma homenagem.