Em assembleia realizada nesta terça-feira (14), na sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, em Santo André, os prefeitos projetaram uma parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia e com a Fatesp (Faculdade de Tecnologia de São Paulo) para fornecer um sistema que monitora o nível de elevação dos rios e córregos na região. Além disso, a entidade regional estuda a possibilidade de novas tecnologias para ampliar as opções de armazenamento de resíduos sólidos nas sete cidades.
A parceria com os dois institutos de ensino visa aumentar o sistema para acompanhar o que ocorre nos principais pontos de enchentes na região. A princípio já existem cinco equipamentos protótipos que estão prontos e que serão instalados pelo próprio Consórcio de forma gratuita. Outros 100 do mesmo tipo serão posicionados pelo Instituto Mauá com verba de R$ 300 mil oriunda da Fatesp e mais R$ 20 mil da autarquia regional.
Enquanto é feita a instalação dos novos equipamentos, o Consórcio Intermunicipal aproveita para realizar uma atualização do aplicativo Alerta ABC. Em 30 dias será realizado um estudo para saber sobre como será feita essa mudança no programa. Segundo o prefeito de Santo André e presidente da entidade, Paulo Serra (PSDB), a intenção é aumentar as formas de alertar as pessoas sobre as chuvas e a possibilidade de enchentes.
“As pessoas vão conseguir monitorar tudo em tempo real, ampliando também os alertas. Vamos divulgar nas redes sociais, também através de SMS, com alertas de enchente. Vamos estudar uma forma de fazer isso com a nossa equipe de tecnologia”, explicou. Caso os equipamentos que os institutos de tecnologia vão instalar na região apresentem bons resultados, no futuro existe a possibilidade da unificação das informações junto ao CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência).
Resíduos sólidos
Os prefeitos também assistiram uma apresentação de Luiz Ricardo Santoro, representante da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, que tratou sobre resíduos sólidos. Um convênio será assinado com a pasta para que haja um debate de um sistema tecnológico que ajude a resolver o problema da destinação deste lixo.
Entre as possibilidades está uma possível instalação de uma usina de lixo. “Existe uma usina em Barueri, mas que não funciona, pois, não tem uma quantidade de resíduos suficiente para funcionar. Lá não foi feito de maneira regional. Vamos pensar em uma forma, pois, a Cetesb já liberou alguns tipos de usina e podemos adotar. É uma possibilidade, mas existem outras”, disse Serra.
A ideia é dar uma opção aos aterros sanitários. Das sete cidades apenas Santo André tem um lugar próprio, as demais utilizam do aterro que pertence a empresa Lara e que fica localizado em Mauá. Na região já houve uma tentativa de se criar uma opção. A Prefeitura de São Bernardo tinha um contrato de Parceria Público-Privada (PPP) para a instalação de uma usina, porém, a atual gestão descordou do contrato e o cancelou.