A maior parte das cidades que contrataram obras consideradas atrasadas ou paralisadas pelo sistema do TCE-SP alega falta de recursos ou mesmo autorização para a não conclusão dos trabalhos. Em outros casos, o problema são as empresas contratadas que, simplesmente, desistiram das intervenções mesmo os processos licitatórios em vencimento.
Em Mauá, cidade que tem cinco obras apontadas na lista, as obras de drenagem na avenida João Ramalho estão atrasadas, pois é aguardada a aprovação da mesma por parte da CPTM e a MRS para sua continuidade. Até o momento foram investidos R$ 2,1 milhões e o prazo de conclusão é dezembro de 2019, sendo que a previsão de entrega para março de 2016.
No caso de Diadema (três obras citadas), a urbanização e construção de unidades habitacionais no Iguassu, a primeira fase foi concluída e a segunda ainda aguarda liberação de recursos da Caixa. Sobre o Centro de Triagem Chico Mendes, a empresa CEP Construções e Projetos Ltda – EPP desistiu da execução da obra.
São Caetano teve apenas uma obra apontada, que é a construção de vestiários, campo sintético e readequação de arquibancadas do Clube Esportivo e Recreativo Miguel Marucci. O contrato com a GV Group Produtos Esportivos AS, então responsável pela obra, foi rescindido, mas nova licitação será feita neste mês.
Em Rio Grande da Serra, o Tribunal apontou as obras de mobilidade urbana oriundas do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), atrasadas, porém a Prefeitura informa que o fato só aconteceu por causa da liberação de recursos e que as mesmas continuam normalmente.
Com duas obras apontadas, a CPTM tem duas obras da região atrasadas. A primeira é o projeto de acessibilidade da estação Guapituba, em Mauá. Segundo a companhia, a intervenção será finalizada no fim do ano. A segunda é a construção de um laboratório para a Cetesb, em São Bernardo, que ainda aguarda liberação por parte da Prefeitura.
No caso do Fundo para o Desenvolvimento da Educação (FDE), com três obras em atraso, segundo o TCE-SP, duas estão em Ribeirão Pires e uma em Santo André, para reforma de escolas. Todas foram finalizadas, segundo a Secretaria de Educação.
Santo André teve três obras apontadas como paralisadas, todas na área da saúde, contratadas ainda na gestão de Aidan Ravin (na época no PTB, agora no Podemos). A reportagem procurou a Prefeitura, porém, até o fechamento não houve retorno.
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